terça-feira, 17 de abril de 2012

Liturgia Diária DIA 17 DE ABRI


II SEMANA DA PÁSCOA
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Alegremo-nos, exultemos e demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)
Oração do dia
Fazei-nos, ó Deus todo-poderoso, proclamar o poder de Cristo ressuscitado, e, tendo recebido as primícias dos seus dons, consigamos possuí-los em plenitude. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 4,32-37)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
32 A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum.
33 Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça.
34 Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras e casas vendiam-nas,
35 e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade.
36 Assim José (a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé que quer dizer Filho da Consolação), levita natural de Chipre, possuía um campo.
37 Vendeu-o e trouxe o valor dele e depositou aos pés dos apóstolos.
Palavra do Senhor. 
Reflexão Pessoal -  Atos 4, 32-37 – “a fé implica em ação concreta ”
A experiência dos primeiros cristãos poderia servir de modelo para a nossa vida aqui na terra, em família, em comunidade e no mundo. Os primeiros seguidores de Jesus, pelo poder do Espírito Santo, compreenderam que o ser humano foi feito para viver em comum união, tendo a fé, a esperança e a caridade como base para os seus relacionamentos. Com certeza o que mais chamava a atenção das outras pessoas àquela época, devia ser o despojamento que eles testemunhavam quando abdicavam dos seus próprios bens a fim de que ninguém passasse necessidade. Só o poder do Espírito Santo nos fará viver a unidade da Igreja primitiva: “um só coração e uma só alma!” Se, tivermos a consciência de que ter fé implica em ação concreta de renúncia, de desapego e de generosidade, nós poderemos medir melhor os nossos gestos em relação às pessoas que, bem à nossa vista, passam por situação de penúria. Hoje, como antes, existem perto de nós irmãos e irmãs que carecem de coisas materiais e,  espirituais e pedem a Deus socorro para os seus flagelos. Deus precisa de nós para atender as preces dos corações aflitos. Por isso, além de partilhar o pão precisamos também a compartilhar o Amor que recebemos de Deus e dividir com as outras pessoas as graças que cumulamos na nossa vida. Por outro lado há também aqueles (as) que têm tudo materialmente, no entanto, vivem infelizes porque não conseguem enxergar e ter experiência com as coisas espirituais, por isso, não têm nada.  Eles não sentem o Amor de Deus, não têm fé nem esperança, e nós, que nos dizemos privilegiados (as), porque as possuímos nos fechamos egoisticamente no nosso mundinho amealhando em nós o amor de Deus que experimentamos e não O repartimos.  O amor com que nós amamos, no entanto, gera mais amor para se amar. – Você tem usado o poder do Espírito Santo para ajudar a outras pessoas? – Você sabe repartir o que você possui com quem está necessitado (a)? Você tem partilhado o seu tempo presente com alguém? -  O que você está retendo só com você e não tem repartido com ninguém? – Você sabia que o Amor de Deus é o Espírito Santo?
Salmo responsorial 92/93
Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor. 
Deus é rei e se vestiu de majestade,
revestiu-se de poder e de esplendor!

Vós firmastes o universo inabalável,
vós firmastes vosso trono desde a origem,
desde sempre, ó Senhor, vós existis!

Verdadeiros são os vossos testemunhos,
refulge a santidade em vossa casa
pelos séculos dos séculos, Senhor! 

Salmo 92 – “Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor!”
Nós vivemos o reino de Deus quando O reconhecemos como Rei e acolhemos Sua Majestade e o Seu poder. O Senhor reina na nossa vida quando ansiamos viver na santidade e na verdade todos os dias da nossa vida, cultivando o desejo de habitar na Sua casa pelos séculos dos séculos. Deus é Rei e o Seu trono está no meio de nós, porém é preciso que nós testemunhemos isso com as nossas ações.
Evangelho (João 3,7-15)
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Filho do homem há de ser levantado, para que quem crer possua a vida eterna (Jo 3,14s). 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
7 Disse Jesus a Nicodemos: Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito.
9 Replicou Nicodemos: Como se pode fazer isso?
10 Disse Jesus: És doutor em Israel e ignoras estas coisas!...
11 Em verdade, em verdade te digo: dizemos o que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho.
12 Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais?
13 Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.
14 Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,
15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.
Palavra da Salvação. 
Evangelho – João 3, 7-15 – “Vós deveis nascer do alto

Nicodemos buscava conhecer os segredos de Deus e, misteriosamente, Jesus lhe falava de coisas, aparentemente incompreensíveis: “Vós deveis nascer do alto!” “O vento sopra onde quer!” “Coisas da terra, coisas do céu!”Apesar de ser judeu  ele procurava Jesus porque distinguia algo muito especial naquele Homem que falava com sabedoria. Jesus Cristo tentava esclarecer que viera do céu para entregar-se por nós e que seria levantado na CRUZ para que todos os que Nele cressem tivesse a vida eterna. Nicodemos não entendia muito bem do que Jesus lhe falava, mas ousava desembaraçar os enigmas colocando as suas dúvidas para que o Senhor as elucidasse. Nós também não entendemos a metodologia de Deus  e somente Jesus poderia nos falar das coisas do céu segundo a visão do Pai.  Só podemos descobrir os mistérios do céu que estão escondidos em nós quando procuramos Jesus a sós, e acolhemos a Sua Palavra que decifra e interpreta o desejo do Pai para cada momento da nossa vida. Se nos aprofundarmos na Sua Palavra perceberemos que as coisas do céu se traduzem na vivência dos conselhos evangélicos, como a doação, a partilha, a entrega, a humildade, a simplicidade, a compreensão, a mansidão etc. Todas essas virtudes são desejos que estão no coração de Deus para que nós ponhamos em prática aqui na terra. Por isso, é que nós podemos estar confiantes de que nascemos do alto quando estamos entregues ao olhar de Deus e vivendo segundo os Seus pensamentos. Nascemos do alto também quando dizemos não à mentalidade do mundo e assumimos a mentalidade de Deus que se traduz em amor. Com a sabedoria do mundo nós nunca poderemos entender as “coisas do céu”. Só um espírito voltado totalmente para o alto, isto é, para Deus, pode viver as coisas simples da vida sem se questionar.   Muitas pessoas são versadas nas coisas da terra e vivem somente para essa vida que é passageira, por isso, não conseguem alcançar o reino de Deus. O reino de Deus, assim como o vento que sopra, já se manifesta  no meio de nós quando praticamos as ações que o Espírito Santo nos inspira. Precisamos aprender a observar os sinais das coisas de Deus enquanto ainda caminhamos na terra, para que a nossa alma já comece a viver aqui, a alegria do céu. – Você também tem procurado a Jesus para esclarecer as suas dúvidas? – O que Ele   tem  lhe revelado? – Você tem vivido como um autômato ou já distingue o sopro do vento do Espírito Santo?
Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Era preciso que Cristo padecesse e ressurgisse dos mortos para entrar na sua glória, aleluia! (Lc 24,46.26)
Depois da comunhão
Ouvi, ó Deus, as nossas preces, para que o intercâmbio de dons entre o céu e a terra, trazendo-nos a redenção, seja um auxílio para a vida presente e nos conquiste a alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor



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