quarta-feira, 26 de setembro de 2012

26 de setembro

São Cosme e São Damião
 
Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres.

Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.

Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.

Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.

Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.

Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.


25 de setembro
Santa Aurélia e Santa Neomísia

Aurélia nasceu na Ásia Menor, no Oriente e era muito unida à sua irmã Neomisia. Elas costumavam procurar pobres e doentes pelas ruas para fazer-lhes caridade. E assim fizeram durante toda a adolescência, mantendo-se muito piedosas e fervorosas cristãs. Aurélia sempre dizia à irmã que, ao atingirem a idade suficiente, iriam visitar todos os lugares sagrados da Palestina, em uma longa peregrinação.

De fato, Aurélia e Neomísia foram para a Terra Santa e viram onde Jesus nasceu e viveu. Depois, fizeram todo o trajeto percorrido por ele até o monte Calvário, onde foi crucificado e morreu para salvar-nos. Aurélia, envolvida pela religiosidade da região e com o sentimento da fé reforçado, decidiu continuar a peregrinação até Roma. Assim, visitaria o célebre santuário da cristandade do Ocidente, sempre acompanhada pela irmã.

Elas não sabiam que os sarracenos muçulmanos estavam invadindo várias regiões italianas e que, avançando, já tinham atacado e devastado a Calábria e a Lucânia. Quando chegaram a Roma, as duas foram surpreendidas, na via Latina, por um grupo de invasores, que as identificaram como cristãs. Ambas foram agredidas e chicoteadas até quase à morte. Mas um fortíssimo temporal dispersou os perseguidores, que abandonaram o local. Por isso as duas foram libertadas e puderam seguir com sua viagem.

Mas, estando muito feridas, resolveram estabelecer-se na pequena Macerata, situada aos pés de uma colina muito perto da cidade de Anagni. Lá, elas retomaram a vida de caridade, oração e penitência, sempre auxiliando e socorrendo os pobres, velhos e doentes. Aurélia também tinha os dons da cura e da profecia. Assim, a fama de santidade das duas irmãs cristãs difundiu-se entre a população. Diz a tradição que Aurélia salvou os fiéis da paróquia daquela diocese. Foi num domingo de chuva, ela correu para avisar o padre que parasse a missa, pois iria cair um raio sobre a igreja. O padre, inspirado pelo Espírito Santo, ouviu seu conselho e os fiéis já estavam a salvo quando o incidente aconteceu.

Aurélia e a irmã adoeceram e morreram no mesmo dia, 25 de setembro, de um ano não registrado. Os seus corpos foram sepultados na igreja de Macerata. Mais tarde, o bispo daquela diocese, aproveitando a visita do papa Leão IX à cidade, preparou uma cerimônia solene para trasladar as relíquias das duas irmãs para a catedral de Anagni. Outra festa foi preparada quando a reconstrução da catedral terminou. Então, as relíquias de Aurélia e Neomísia foram colocadas na cripta de são Magno, logo abaixo do altar dedicado a ele.

O culto a santa Aurélia é um dos mais propagados e antigos da tradição romana. Ao longo dos séculos, Aurélia deu nome a gerações inteiras de cristãs, que passaram a festejar a santa de seu onomástico como protetora pessoal. De modo que a festa de santa Aurélia, no dia 25 de setembro, foi introduzida no calendário litúrgico da Igreja pela própria diocese de Anagni. O único texto que registrou esta tradição faz parte do Cod. Chigiano C.VIII. 235, escrito no início do século XIV. Somente em 1903 o culto obteve a confirmação canônica. Assim, as urnas contendo as relíquias das irmãs são expostas aos devotos e peregrinos durante a celebração litúrgica. Contudo há um fato curioso que ocorre nesta tradição desde o seu início. É que a maioria dos devotos só lembra que é o dia da festa de santa Aurélia, e apenas a ela agradecem pela intercessão nas graças alcançadas.

19 de setembro

São Januário ou Gennaro

A esse santo é atribuído o "milagre do sangue de são Januário", ou Gennaro, como é o seu nome na língua italiana. Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, sua imagem é exposta à imensa população de fiéis. Por várias vezes, na ocasião a relíquia do seu sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a coloração vermelha. A primeira vez, devidamente registrada e desde então amplamente documentada, ocorreu na festa de 1389. A última vez foi em 1988.

O mais incrível é que a ciência já tentou, mas ainda não conseguiu chegar a alguma conclusão de como o sangue, depositado num vidro em estado sólido, de repente se torna líquido, mudando a cor, consistência, e até mesmo duplicando seu peso. Assim, segue, através dos séculos, a liquefação do sangue de são Januário como um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar.

Por isso o povo de Nápoles e todos os católicos devotam enorme veneração por são Januário. Até a história dessa linda cidade italiana, cravada ao pé da montanha do Vesúvio, confunde-se com a devoção dedicada a ele, que os protege das pestes e das erupções do referido vulcão. Na verdade, ela se torna a própria história deste santo que, segundo os atos do Vaticano, era napolitano de origem e viveu no fim do século III. Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi eleito bispo de Benevento, uma cidade situada a setenta quilômetros da sua cidade natal. Era uma época em que os inimigos do cristianismo submetiam os cristãos a testemunharem sua fé por meio dos terríveis martírios seguidos de morte.

No ano 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou a última e também a mais violenta perseguição contra a Igreja. O bispo Januário foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução era para ser, mesmo, um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, a exemplo do que aconteceu com o profeta Daniel, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou, então, que fossem todos degolados ali mesmo. Era o dia 19 de setembro de 305.

Alguns cristãos, piedosamente, recolheram em duas ampolas o sangue do bispo Januário e o guardaram como a preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica. São Januário é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente por meio do papa Sixto V em 1586.




Santos Cornélio e Cipriano


16 de Setembro


A- A+

Santos Cornélio e CiprianoUnidos pela fé e sangue, encontramos como exemplo de amizade e santidade estas testemunhas de Cristo, que foram martirizados no mesmo dia, porém, com diferença de cinco anos.

São Cornélio

Cornélio tinha sido eleito Papa em 251, após um grande período de ausência do pastor por causa da terrível perseguição de Décio. Sua eleição foi contestada por Novaciano, que acusava o Papa de ser muito indulgente para com os que haviam renegado a fé (lapsos) e separaram-se da Igreja.

Por causa dos êxitos obtidos com sua pregação, foi processado e exilado para o lugar hoje chamado Civitavecchici, onde Cornélio morreu. Foi sepultado nas catacumbas de Calisto.


São Cipriano

Uma das grandes figuras do século III, Cipriano, de família rica de Cartago, capital romana na África do Norte. Quando pagão era um ótimo advogado e mestre de retórica, até que provocado pela constância e serenidade dos mártires cristãos, converteu-se entre 35 e 40 anos de idade.

Por causa de sua radical conversão muitos ficaram espantados já que era bem popular. Com pouco tempo foi ordenado sacerdote e depois sagrado Bispo num período difícil da Igreja africana.

Duas perseguições contra os cristãos ocorreram: a de Décio e Valeriano. Estas perseguições marcaram o começo e o fim de seu episcopado, além de uma terrível peste que assolou o norte da África, semeando mortes. Problemas doutrinários, por outro lado, agitavam a Igreja daquela região.

Diante da perseguição do imperador Décio em 249, Cipriano escolheu esconder-se para continuar prestando serviços à Igreja. No ano 258, o santo Bispo foi denunciado, preso e processado. Existem as atas do seu processo de martírio que relatam suas últimas palavras do saber da sua sentença à morte: "Graças a Deus!"


Santos Cornélio e Cipriano, rogai por nós!



DIA 26 DE SETEMBRO - QUARTA-FEIRA

XXV SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.
Oração do dia
Ó que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Provérbios 30,5-9)
Leitura do livro dos Provérbios.
30 5 Toda a palavra de Deus é provada, é um escudo para quem se fia nele.
6 Não acrescentes nada às suas palavras, para que ele não te corrija e sejas achado mentiroso.
7 Eu te peço duas coisas, não mas negues antes de minha morte:
8 afasta de mim falsidade e mentira, não me dês nem pobreza nem riqueza, concede-me o pão que me é necessário,
9 para que, saciado, eu não te renegue, e não diga: “Quem é o Senhor?” Ou que, pobre, eu não roube, e não profane o nome do meu Deus.
Palavra do Senhor.
Reflexão Pessoal – Provérbios  30, 5-9 – “Basta-nos a vontade de Deus”

A Palavra de Deus tem a sua ação comprovada na nossa vida, desde que a vivamos do jeito como que Ele nos ensina. Precisamos  também nos apossar dos mesmos sentimentos do autor e pedir a Deus a graça da fidelidade à Sua Palavra para seguir a verdade que Ela expressa.  Nada do nosso pensamento humano deve ser acrescentado às Palavras Divinas, pois tudo o que lhe é sobreposto torna-se mentira e não tem credibilidade. Assim sendo, ele pede a Deus a graça de sempre lhe ser fiel afastando-o da falsidade e da mentira e roga ao Senhor que lhe dê somente aquilo que  é necessário e que o livre da pobreza e da riqueza.  Que também nós possamos pedir ao Senhor que nos livre da pobreza exagerada e da riqueza excessiva, pois, verdadeiramente, podemos perceber que os dois extremos são motivos para que nos afastemos de Deus e da Sua graça. A abundância de riqueza, em muitos casos, nos torna  pretensiosos (as) e soberbos (as) até ao ponto de desconhecermos a ação de Deus na nossa vida. A pobreza em demasia também pode nos afastar de Deus quando nos tornamos revoltadas e rebeldes às circunstâncias da vida miserável levando-nos até a praticar coisas que são condenadas por Deus. Na verdade, o Pai providenciou tudo para que tenhamos uma vida  em abundância. Isto significa dizer que precisamos possuir as coisas na medida certa para que sejamos felizes e tenhamos dignidade. Isto nos basta!  Que possamos também pedir ao Senhor que se realize sempre em nós a Sua vontade, pois somente isto nos é necessário. – O que você tem pedido ao Senhor? –Você tem pedido abundância de bens? – Os seus desejos realizados o (a) afastam ou o (a) atraem mais para Deus? – O que você pode estar acrescentando às palavras de Deus? – Você tem vivido de acordo com os Seus ensinamentos?
Salmo responsorial 118/119
Vossa palavra é uma luz para os meus passos! 
Afastai-me do caminho da mentira
E dai-me a vossa lei como um presente!

A lei de vossa boca, para mim,
Vale mais do que milhões em ouro e prata.

É eterna, ó Senhor, vossa palavra,
Ela é tão firme e estável como o céu.

De todo mau caminho afasto os passos,
Para que eu siga fielmente as vossas ordens.

De vossa lei eu recebi inteligência,
Por isso odeio os caminhos da mentira.

Eu odeio e detesto a falsidade,
Porém amo vossas leis e mandamentos!
Salmo 118 – “Vossa palavra é uma luz para os meus passos!”

A Palavra de Deus nos esclarece todas as coisas. Ela tem o poder de nos colocar a par do pensamento de Deus para nós. Toda a riqueza da terra não se compara à fortuna que vale para nós os ensinamentos do Senhor. Porque é eterna, a Palavra de Deus é tão estável como o céu: não passará nunca! Realmente, precisamos amar de coração a Lei de Deus, porque será com Ela que nós chegaremos ao céu.
Evangelho (Lucas 9,1-6)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11,28)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 9 1 reunindo Jesus os doze apóstolos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades.
2 Enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.
3 Disse-lhes: “Não leveis coisa alguma para o caminho, nem bordão, nem mochila, nem pão, nem dinheiro, nem tenhais duas túnicas.
4 Em qualquer casa em que entrardes, ficai ali até que deixeis aquela localidade.
5 Onde ninguém vos receber, deixai aquela cidade e em testemunho contra eles sacudi a poeira dos vossos pés”.
6 Partiram, pois, e percorriam as aldeias, pregando o Evangelho e fazendo curas por toda parte.
Palavra da Salvação.
Evangelho – Lucas 9, 1-6 – “O Senhor nos assegura: “vida, veste e pão.”

Jesus não escolheu os melhores, porém, na medida em que caminhavam com o Mestre, eles encontravam o sentido para as suas vidas e se ajustavam ao plano do Pai, como Seus cooperadores. Assim sendo, Ele os formou dando-lhes conhecimento de Deus e dos Seus mistérios e os enviou para espalhar pelo mundo a Boa Nova da Salvação. Os discípulos, assim como os Apóstolos, aqueles que viviam mais perto de Jesus, também eram pecadores, doentes, mal acostumados, mas caminhando com Jesus eles foram curados e fortalecidos para cumprirem com a missão. Nós também  que nos aproximamos de Jesus para ouvi-Lo e apreender os Seus ensinamentos, precisamos nos deixar curar, esvaziar de nós mesmo para que sejamos enviados a proclamar ao mundo o reino de Deus. Por isso, Jesus nos chama para, curar doenças, libertar os cativos, levar a paz, e muito mais, Ele nos ensina o segredo para evangelizar: “Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas”.  Significa que precisamos nos despojar de toda segurança humana, de toda opinião própria, de toda e qualquer proteção dada pelos homens a fim de levarmos apenas o pensamento de Deus. Somos enviados por Jesus com a  graça e o poder do Espírito Santo, por conseguinte, são dispensadas as nossas seguranças, a nossa mentalidade, a nossa vontade própria tudo que nos dá preocupação, que nos afasta do objetivo de irradiar no mundo o amor de Deus. Não serão as nossas posses, os nossos bens, ou qualquer outra coisa que possuirmos que irão atrair os nossos irmãos  a conhecerem a Jesus, mas sim o nosso  testemunho de vida transformada, a nossa conduta iluminada pela Palavra de Deus. O Senhor nos assegura, “vida, veste e pão.” Isto sim é o que nos basta!     Até aqueles que não nos acolhem não se constituem barreira para nós, visto que o Senhor não nos manda enfrentá-los, mas, sim, passar adiante à procura daqueles que realmente desejam entrar no reino de Deus. - Você já se sente apto (a) a propagar a Boa Nova da Salvação no mundo?- Você já evangelizou alguma vez? – Como você tem saído para anunciar ao mundo que Jesus está vivo? – O que você tem levado e em que você confia? -   Você já se sente enviado (a)?
Comentário ao Evangelho
PARTINDO EM MISSÃOA primeira experiência missionária dos Apóstolos comportou uma série de características que se mantém válidas para a missão da Igreja de todos os tempos. Por exemplo, ela se deu como obediência a um mandato expresso de Jesus. Portanto, não foi fruto da iniciativa pessoal dos Apóstolos. Eles partiram na qualidade de emissários do Senhor.
Foi-lhes conferido o poder e a autoridade para expulsar demônios, curar doenças e pregar o Reino de Deus. Tarefa idêntica à que foi levada adiante por Jesus. A atividade do Mestre centrou-se no anúncio da palavra e na realização de sinais comprovadores da irrupção do Reino na história humana. A missão dos Apóstolos era, portanto, a continuação e a atualização da missão de Jesus. Onde quer que estivesse um Apóstolo do Reino, aí estaria atuando Jesus meio dele. 

Os Apóstolos deveriam exercer seu ministério como pobres. Nada carregavam consigo, quando iam de aldeia em aldeia, anunciando o Evangelho e fazendo o bem. Desta forma, as pessoas não correriam o risco de serem atraídas por outro motivo, a não ser pela proposta de Jesus.
O testemunho de pobreza dava aos apóstolos liberdade para anunciarem o Evangelho sem restrições. Caso não fossem acolhidos, só lhes restava ir adiante, sem se deixar abater.

Oração Senhor Jesus, faze crescer em mim a consciência de que sou teu mensageiro, enviado para proclamar o Reino confiado unicamente em ti.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, as oferendas do vosso povo, para que possamos conseguir por este sacramento o que proclamamos pela fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eu sou o bom pastor: conheço minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem, diz o Senhor (Jo 10,14).
Depois da comunhão
Ó Deus, auxilia sempre os que alimentais com o vosso sacramento para que possamos colher os frutos da redenção na liturgia e na vida. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTOS COSME E DAMIÃO
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, a comemoração dos mártires Cosme e Damião proclame a vossa grandeza, pois, na vossa admirável providência, lhes destes a glória eterna e os fizestes nossos protetores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Recordando a morte preciosa dos santos, nós vos oferecemos, ó Deus, o sacrifício de Cristo, do qual nascem o ideal e a força dos mártires. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Conservai em nós, ó Pai, os sacramentos que nos destes, para que esta comunhão na festa dos mártires são Cosme e são Damião nos faça obter a salvação e a paz. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTOS COSME E DAMIÃO):
Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres. Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais. Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas. Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles. Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data. Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.







terça-feira, 25 de setembro de 2012


DIA 25 DE SETEMBRO - TERÇA-FEIRA

XXV SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.
Oração do dia
Ó que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Provérbios 21,1-6.10-13)
Leitura do livro dos Provérbios.
21 1 O coração do rei é uma água fluente nas mãos do Senhor: ele o inclina para qualquer parte que quiser.
2 Os caminhos do homem parecem retos aos seus olhos, mas cabe ao Senhor pesar os corações.
3 A prática da justiça e da eqüidade vale aos olhos do Senhor mais que os sacrifícios.
4 Olhares altivos ensoberbecem o coração; o luzeiro dos ímpios é o pecado.
5 Os planos do homem ativo produzem abundância; a precipitação só traz penúria.
6 Tesouros adquiridos pela mentira: vaidade passageira para os que procuram a morte.
10 A alma do ímpio deseja o mal; nem mesmo seu amigo encontrará graça a seus olhos.
11 Quando se pune o zombador, o simples torna-se sábio; quando se adverte o sábio, ele adquire a ciência.
12 O justo observa a cada do ímpio e precipita os maus na desventura.
13 Quem se faz de surdo aos gritos do pobre não será ouvido, quando ele mesmo clamar.
Palavra do Senhor.
Reflexão Pessoal – Provérbios 21, 1-6.10-13 – “  mensagens preciosas”

O Livro dos Provérbios dá para nós, hoje, mensagens preciosas   a fim de que possamos viver segundo a Palavra de Deus. Assim sendo, ele nos revela que, mesmo o rei, que é todo poderoso diante do mundo, quando coloca o seu coração nas mãos do Senhor, tem a sua vida dirigida conforme a vontade soberana de Deus. Deste modo, o povo que ele governa é conduzido por Deus para um desígnio feliz. -  O homem faz projetos e traça o seu caminho, porém, nem imagina que só Deus é quem sabe o que verdadeiramente o seu coração deseja. – Para Deus é mais agradável que pratiquemos a justiça, isto é, o amor do que mesmo um grande sacrifício. – Aquele que é orgulhoso e arrogante tem como lâmpada o pecado, por isso, vive na escuridão. – Quem quiser produzir frutos deve aplicar-se com paciência àquilo que faz, porque a pressa é inimiga do sucesso. – Tudo o que conquistarmos por meio de mentiras tornar-se-á uma fábula, ilusão passageira. – Aquele que zomba do seu próximo é considerado imbecil e nem mesmo a admoestação ou o castigo o corrigem. O sábio, porém, considera a exortação um ensino para a sua vida e com ela, ele torna-se mais sábio. – Quem não dá ouvidos ao clamor do pobre, também não será ouvido quando clamar. Com efeito, diante das máximas de sabedoria do Livro dos Provérbios, nós precisamos fazer uma reflexão de como estamos vivendo, se, nas mãos do Rei do Universo ou nas nossas próprias garras. –  Faça você, agora uma reflexão sobre cada uma dessas mensagens aplicando-as na sua vida.
Salmo responsorial 118/119
Guiai-me, Senhor, no caminho de vossos preceitos!! 
Feliz o homem sem pecado em seu caminho,
E então meditarei vossos prodígios!

Fazei-me conhecer vossos caminhos,
E então meditarei vossos prodígios!

Escolhi seguir a trilha da verdade,
Diante de mim eu coloquei vossos preceitos.

Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei
E de todo o coração a guardarei.

Guiai meus passos no caminho que traçastes,
Pois só nele encontrarei felicidade.

Cumprirei constantemente a vossa lei;
Para sempre, eternamente, a cumprirei!
Salmo 118 – “Guiai-me, Senhor, no caminho de vossos preceitos!”
A palavra de Deus é como uma lâmpada acesa que ilumina o nosso caminho nos afastando do pecado e do mal. O verdadeiro caminho para a nossa felicidade é descoberto por nós através dos preceitos do Senhor. Se os seguirmos encontraremos com certeza, o  itinerário para uma vida plena e abundante desde já e, quando chegar a nossa hora, com certeza, vislumbraremos a Luz de Jesus guiando os nossos passos para o céu.
Evangelho (Lucas 8,19-21)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11,28)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 8 19 a mãe e os irmãos de Jesus foram procurá-lo, mas não podiam chegar-se a ele por causa da multidão.
20 Foi-lhe avisado: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e desejam ver-te”.
21 Ele lhes disse: “Minha mãe e meus irmãos são estes, que ouvem a palavra de Deus e a observam”.
Palavra da Salvação.
Evangelho -  Lucas  8,19-21 – “Maria, a palavra vivenciada”

Durante a Sua vida pública Jesus aproveitou todas as oportunidades para revelar ao mundo a vontade do Pai que se expressa por meio da Sua Palavra. Ele não perdia tempo e sempre tinha um ensinamento precioso para ministrar diante do povo que O seguia. Por isso, antes de atender ao chamado da Sua família, Jesus quis dar àquela multidão e a nós também hoje, uma mensagem preciosa: ouvir a Palavra de Deus e pô-la em prática é a condição para que também façamos parte da Sua família. Com efeito, a Palavra que apreendemos, quando é vivenciada por nós, nos fará ser parecidos (as) com Jesus Cristo,   irradiando as mesmas feições, os mesmos gestos, os mesmos sentimentos, em fim, transparecendo ao mundo o jeito de ser da família celeste. Portanto, seremos reconhecidos por Jesus como membros da sua linhagem se nós ouvirmos e pusermos em prática a Palavra de Deus e perseguirmos a vontade do Pai.  Jesus tinha plena consciência de que Maria, Sua mãe,  era modelo do filho ajustado ao plano de Deus a ser seguido por nós. A sua obediência, a sua confiança nos planos do Pai, a sua humildade, o seu despojamento e sua fé, fizeram dela um referencial para quem deseja pertencer à família do céu. Você também se considera da família de Jesus?   – Você segue o exemplo de Maria? – Você segue os ensinamentos que o Pai dá para esta família? – Você tem procurado conhecê-los? – Você se identifica com alguma virtude 
Comentário ao Evangelho
A FAMÍLIA DO REINOA opção pelo Reino estabelece laços profundos de amizade entre os discípulos, gerando neles uma solidariedade exemplar. Este parentesco espiritual, em muitos casos, pode ser mais sólido que o próprio parentesco sanguíneo. E, o mais importante: gera um ambiente de igualdade onde Deus Pai nos faz todos irmãos e irmãs.
O relacionamento físico com Jesus de Nazaré já não tem importância. A família do Reino se constitui a partir da escuta e da vivência da Palavra de Deus e não da pertença à família histórica de Jesus. O tempo e o espaço também não contam. Seja qual for a época em que se vive ou se viveu, é possível sentir a proximidade familiar em relação aos outros cristãos, desde pautemos nossa vida pela mesma proposta do Reino. Além disso, onde quer que estejam e de onde quer que venham, quando dois cristãos se encontram, deveriam imediatamente sentir brotar no coração um forte afeto fraternal, por terem o mesmo projeto de vida, e estarem unidos pela mesma opção por Jesus e por seu Reino.
Desde os primórdios, a comunidade cristã compreendeu este dado de sua identidade. E, assim, estabeleceu uma nítida diferença em relação à tradição judaica, cujo apego às genealogias e à consangüinidade era bem conhecida.

A família do Reino, como é constituída, pode reunir gente de todas as raças, povos, famílias e nações.

Oração  Senhor Jesus, faze crescer em mim o afeto por meus irmãos e irmãs de fé, sabendo que somos membros de uma só família, a família do Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, as oferendas do vosso povo, para que possamos conseguir por este sacramento o que proclamamos pela fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eu sou o bom pastor: conheço minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem, diz o Senhor (Jo 10,14).
Depois da comunhão
Ó Deus, auxilia sempre os que alimentais com o vosso sacramento para que possamos colher os frutos da redenção na liturgia e na vida. Por Cristo, nosso Senhor.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

DIA 19 DE SETEMBRO - QUARTA-FEIRA

XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Ouvi, Senhor, as preces do vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que os vossos profetas sejam verdadeiros (Eco 36,18).
Oração do dia
Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 Coríntios 12,31-13,13)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
12 31 Aspirai aos dons superiores. E agora, ainda vou indicar-vos o caminho mais excelente de todos.
13 1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
2 Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.
3 Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!
4 A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante.
5 Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor.
6 Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.
7 Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.
9 A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita.
10 Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.
11 Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.
12 Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido.
13 Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade.
Palavra do Senhor.


Reflexão Pessoal – 1 Coríntios  2,31-13.13 – “O AMOR é o dom maior”

A caridade é o Amor de Deus que se manifesta em nós e através de nós. Por isso, São Paulo nos convida a percorrermos o caminho por excelência: o caminho do Amor.  O AMOR é o dom maior, portanto é a avenida mais segura para alcançarmos o céu.  A caridade é também o estado de vida que iremos experimentar lá, quando daqui partirmos. É o dom que permanece e nunca se acaba. Todo o conhecimento que nós adquirimos, assim como tudo o que apreendemos ou todo o bem que conquistamos, nos terá sido útil para o tempo em que estivemos por aqui. Até mesmo a fé e a esperança, um dia não nos serão mais necessários, porque veremos a Deus face a face e não estaremos mais na expectativa.  Ficará somente, portanto, o Amor. Este continuará a ser vivenciado por nós em plenitudeViver a caridade, ou seja, o amor é pôr em prática, desde já, a paciência, a benignidade, a compreensão, a concórdia e desprezar os atos de vaidade, de soberba, de interesse próprio, de ira e de rancor. É vivermos afeiçoados ao que Jesus vivenciou, de coração, sem constrangimento, sem contestação ou murmuração. É encontrar o sentido da vida na contribuição com a felicidade do outro, saindo de si para servir ao próximo, por AMOR! Que o amor seja, portanto, o molde para os nossos pensamentos, sentimentos e ações do dia a dia. Que aprendamos com São Paulo a tudo suportar e desculpar crendo e esperando a perfeição que um dia viveremos diante do Pai.  – O que mais toca a você neste hino ao Amor? – Você já aprendeu a tudo fazer por amor? – Para você como é que pode acontecer a caridade? – No seu entendimento em que consiste a caridade? – Você tem se esquecido de si mesmo (a) para contribuir com a felicidade de alguém?
Salmo responsorial 32/33
Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança! 
Dai graças ao Senhor ao som da harpa,
Na lira de dez cordas celebrai-o!
Cantai para o Senhor um canto novo,
Com arte sustentai a louvação!

Pois reta é a palavra do Senhor,
E tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
Transborda em toda a terra a sua graça.

Feliz o povo cujo Deus é o Senhor,
E a nação que escolheu por sua herança!
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
Da mesma forma que em vós nós esperamos!



Salmo 32 – “ Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
O herdeiro recebe do seu doador o tesouro que lhe pertence. Assim sendo, somos herdeiros escolhidos por Deus para receber Dele o Seu tesouro, que na essência é o Seu Amor. Como herdeiros, recebemos amor, graça, justiça, santidade, por isso é que somos considerados, povo feliz!
Evangelho (Lucas 7,31-35)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna (Jo 6,63.68). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
7 31 “A quem compararei os homens desta geração? Com quem se assemelham?
32 São semelhantes a meninos que, sentados na praça, falam uns com os outros, dizendo: Tocamos a flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes.
33 Pois veio João Batista, que nem comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Ele está possuído do demônio.
34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: ‘Eis um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e libertinos’.
35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.
Palavra da Salvação.




Evangelho – Lucas 7, 31-35 – “filhos da sabedoria

O exemplo das “crianças que se sentam nas praças” é uma comparação às nossas infantilidades quando duvidamos das ações de Deus na nossa vida.    Não queremos perceber os Seus sinais, somos insatisfeitos (as) e, desejamos que todas as coisas, aconteçam de acordo com a nossa vontade sem mesmo sabermos qual é na verdade, o motivo pelo qual nós as pedimos e as esperamos. Não temos convicção de quem somos nem do que queremos e qual é o ideal da nossa vida. Reclamamos de tudo e não aproveitamos o momento atual para apreendermos, ou com o sofrimento, ou com a bonança, na alegria ou na tristeza.   Nós somos essas crianças quando não sabemos o que queremos nem tampouco do que precisamos e nos justificamos pondo a culpa nos outros. Nunca assumimos as nossas carências, deficiências, as nossas leviandades, mudanças de humor e de opinião e há sempre alguém que é o nosso algoz, o réu, o acusado.   Cada fato e acontecimento da nossa existência quando enxergado com os olhos de Deus tem o seu aprendizado. Às vezes perdemos as graças que o Senhor nos dispensa porque não sabemos “entender os sinais dos tempos”.  O negativo na maioria das vezes prevalece aos nossos olhos, não sabemos enxergar as luzes acesas e olhamos somente para as luzes que estão apagadas. Por que será assim? Porque ainda não nos dispomos a abrir o coração e perceber o reino de Deus que está dentro de nós. Sábio, portanto, é aquele (a) que acolhe a palavra de Deus sem protesto e sem discussão. O sábio não perde tempo com lamentações, nem lamúrias. Somos “filhos da sabedoria” quando nos deixamos envolver pelo mistério da piedade, o mistério da Fé em Jesus Cristo, sem questionar ou murmurar. Jesus quer que sejamos “filhos da sabedoria”, que possamos sentir o cheiro de Deus em todos os acontecimentos da nossa vida. Mas ainda há tempo para que nós formemos uma geração diferente da geração do tempo de Jesus aqui na terra! - Essa história tem alguma coisa a ver com você? – Você é eternamente uma pessoa insatisfeita ou   já enxerga o dedo de Deus na sua vida? – Você faz parte também dessa geração de crianças que não sabem o que querem? – Quem será o (a) culpado (a) por você nunca melhorar nem crescer?  - Você se ajusta com facilidade aos fatos da sua vida ou você tem dificuldade de mudança?
Comentário ao Evangelho
ATITUDES CONTRADITÓRIASO modo como era tratado por seus contemporâneos deixava Jesus irritado. A má vontade deles levava-os a interpretar mal tudo o que o Mestre fazia. De forma alguma, deixavam-se convencer pelo messianismo de Jesus, mesmo vendo seus milagres e prodígios.
Uma das atitudes de Jesus, censurada por eles, era sua solidariedade com os pecadores e as pessoas marginalizadas pela sociedade. Jesus não se envergonhava de ser visto na companhia desse tipo de gente, nem de sentar-se à mesa com ela. Sua atitude fundava-se numa profunda consciência de ter sido enviado para trazer a salvação, mormente aos pecadores. Sendo assim, seu tempo deveria ser gasto com estes e não com quem  pensava ter assegurada sua própria salvação. Jesus estava com quem o Pai queria que ele estivesse. Ele não haveria de mudar de comportamento por causa das críticas e das maledicências alheias.
Entretanto, o Mestre percebia na reação de seus críticos uma raiz viciada: no fundo,  não queriam mesmo era se converter. Qualquer quer fosse a atitude de Jesus, teriam motivos para rejeitá-lo.
João, em sua austeridade de vida, fora chamado de possesso. Jesus, que vivia sem preconceitos, era chamado de glutão e beberrão.
A condenação desses inimigos do Mestre seria conseqüência de sua má vontade, que os levava a fechar-se à salvação oferecida por Deus.

Oração
Senhor Jesus, ensina-me a ser solidário com os pecadores e marginalizados, de modo a manifestar-lhes a misericórdia de Deus.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Sede propício, ó Deus, às nossas súplicas e acolhei com bondade as oferendas dos vossos servos e servas, para que aproveite à salvação de todos o que cada um trouxe em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Quão preciosa é, Senhor, vossa graça! Eis que os filhos dos homens se abrigam sob a sombra das asas de Deus (Sl 35,18).
Depois da comunhão
Ó Deus, que a ação da vossa eucaristia penetre todo o nosso ser para que não sejamos movidos por nossos impulsos, mas pela graça do vosso sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO JANUÁRIO
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, que nos concedeis celebrar a memória do vosso mártir são Januário, dai que nos alegremos com ele na eterna bem-aventurança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Santificai, ó Deus, com a vossa bênção, as nossas oferendas e acendei em nós o fogo do vosso amor, que levou são Januário a vencer os tormentos do martírio. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Ó Deus, que estes sagrados mistérios nos concedam a fortaleza de ânimo que levou vosso mártir são Januário a vos servir fielmente e a vencer o martírio. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JANUÁRIO):
A esse santo é atribuído o "milagre do sangue de são Januário", ou Gennaro, como é o seu nome na língua italiana. Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, sua imagem é exposta à imensa população de fiéis. Por várias vezes, na ocasião a relíquia do seu sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a coloração vermelha. A primeira vez, devidamente registrada e desde então amplamente documentada, ocorreu na festa de 1389. A última vez foi em 1988. O mais incrível é que a ciência já tentou, mas ainda não conseguiu chegar a alguma conclusão de como o sangue, depositado num vidro em estado sólido, de repente se torna líquido, mudando a cor, consistência, e até mesmo duplicando seu peso. Assim, segue, através dos séculos, a liquefação do sangue de são Januário como um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar. Por isso o povo de Nápoles e todos os católicos devotam enorme veneração por são Januário. Até a história dessa linda cidade italiana, cravada ao pé da montanha do Vesúvio, confunde-se com a devoção dedicada a ele, que os protege das pestes e das erupções do referido vulcão. Na verdade, ela se torna a própria história deste santo que, segundo os atos do Vaticano, era napolitano de origem e viveu no fim do século III. Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi eleito bispo de Benevento, uma cidade situada a setenta quilômetros da sua cidade natal. Era uma época em que os inimigos do cristianismo submetiam os cristãos a testemunharem sua fé por meio dos terríveis martírios seguidos de morte. No ano 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou a última e também a mais violenta perseguição contra a Igreja. O bispo Januário foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução era para ser, mesmo, um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, a exemplo do que aconteceu com o profeta Daniel, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou, então, que fossem todos degolados ali mesmo. Era o dia 19 de setembro de 305. Alguns cristãos, piedosamente, recolheram em duas ampolas o sangue do bispo Januário e o guardaram como a preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica. São Januário é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente por meio do papa Sixto V em 1586.