quarta-feira, 26 de setembro de 2012

26 de setembro

São Cosme e São Damião
 
Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres.

Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.

Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.

Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.

Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.

Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.


25 de setembro
Santa Aurélia e Santa Neomísia

Aurélia nasceu na Ásia Menor, no Oriente e era muito unida à sua irmã Neomisia. Elas costumavam procurar pobres e doentes pelas ruas para fazer-lhes caridade. E assim fizeram durante toda a adolescência, mantendo-se muito piedosas e fervorosas cristãs. Aurélia sempre dizia à irmã que, ao atingirem a idade suficiente, iriam visitar todos os lugares sagrados da Palestina, em uma longa peregrinação.

De fato, Aurélia e Neomísia foram para a Terra Santa e viram onde Jesus nasceu e viveu. Depois, fizeram todo o trajeto percorrido por ele até o monte Calvário, onde foi crucificado e morreu para salvar-nos. Aurélia, envolvida pela religiosidade da região e com o sentimento da fé reforçado, decidiu continuar a peregrinação até Roma. Assim, visitaria o célebre santuário da cristandade do Ocidente, sempre acompanhada pela irmã.

Elas não sabiam que os sarracenos muçulmanos estavam invadindo várias regiões italianas e que, avançando, já tinham atacado e devastado a Calábria e a Lucânia. Quando chegaram a Roma, as duas foram surpreendidas, na via Latina, por um grupo de invasores, que as identificaram como cristãs. Ambas foram agredidas e chicoteadas até quase à morte. Mas um fortíssimo temporal dispersou os perseguidores, que abandonaram o local. Por isso as duas foram libertadas e puderam seguir com sua viagem.

Mas, estando muito feridas, resolveram estabelecer-se na pequena Macerata, situada aos pés de uma colina muito perto da cidade de Anagni. Lá, elas retomaram a vida de caridade, oração e penitência, sempre auxiliando e socorrendo os pobres, velhos e doentes. Aurélia também tinha os dons da cura e da profecia. Assim, a fama de santidade das duas irmãs cristãs difundiu-se entre a população. Diz a tradição que Aurélia salvou os fiéis da paróquia daquela diocese. Foi num domingo de chuva, ela correu para avisar o padre que parasse a missa, pois iria cair um raio sobre a igreja. O padre, inspirado pelo Espírito Santo, ouviu seu conselho e os fiéis já estavam a salvo quando o incidente aconteceu.

Aurélia e a irmã adoeceram e morreram no mesmo dia, 25 de setembro, de um ano não registrado. Os seus corpos foram sepultados na igreja de Macerata. Mais tarde, o bispo daquela diocese, aproveitando a visita do papa Leão IX à cidade, preparou uma cerimônia solene para trasladar as relíquias das duas irmãs para a catedral de Anagni. Outra festa foi preparada quando a reconstrução da catedral terminou. Então, as relíquias de Aurélia e Neomísia foram colocadas na cripta de são Magno, logo abaixo do altar dedicado a ele.

O culto a santa Aurélia é um dos mais propagados e antigos da tradição romana. Ao longo dos séculos, Aurélia deu nome a gerações inteiras de cristãs, que passaram a festejar a santa de seu onomástico como protetora pessoal. De modo que a festa de santa Aurélia, no dia 25 de setembro, foi introduzida no calendário litúrgico da Igreja pela própria diocese de Anagni. O único texto que registrou esta tradição faz parte do Cod. Chigiano C.VIII. 235, escrito no início do século XIV. Somente em 1903 o culto obteve a confirmação canônica. Assim, as urnas contendo as relíquias das irmãs são expostas aos devotos e peregrinos durante a celebração litúrgica. Contudo há um fato curioso que ocorre nesta tradição desde o seu início. É que a maioria dos devotos só lembra que é o dia da festa de santa Aurélia, e apenas a ela agradecem pela intercessão nas graças alcançadas.

19 de setembro

São Januário ou Gennaro

A esse santo é atribuído o "milagre do sangue de são Januário", ou Gennaro, como é o seu nome na língua italiana. Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, sua imagem é exposta à imensa população de fiéis. Por várias vezes, na ocasião a relíquia do seu sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a coloração vermelha. A primeira vez, devidamente registrada e desde então amplamente documentada, ocorreu na festa de 1389. A última vez foi em 1988.

O mais incrível é que a ciência já tentou, mas ainda não conseguiu chegar a alguma conclusão de como o sangue, depositado num vidro em estado sólido, de repente se torna líquido, mudando a cor, consistência, e até mesmo duplicando seu peso. Assim, segue, através dos séculos, a liquefação do sangue de são Januário como um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar.

Por isso o povo de Nápoles e todos os católicos devotam enorme veneração por são Januário. Até a história dessa linda cidade italiana, cravada ao pé da montanha do Vesúvio, confunde-se com a devoção dedicada a ele, que os protege das pestes e das erupções do referido vulcão. Na verdade, ela se torna a própria história deste santo que, segundo os atos do Vaticano, era napolitano de origem e viveu no fim do século III. Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi eleito bispo de Benevento, uma cidade situada a setenta quilômetros da sua cidade natal. Era uma época em que os inimigos do cristianismo submetiam os cristãos a testemunharem sua fé por meio dos terríveis martírios seguidos de morte.

No ano 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou a última e também a mais violenta perseguição contra a Igreja. O bispo Januário foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução era para ser, mesmo, um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, a exemplo do que aconteceu com o profeta Daniel, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou, então, que fossem todos degolados ali mesmo. Era o dia 19 de setembro de 305.

Alguns cristãos, piedosamente, recolheram em duas ampolas o sangue do bispo Januário e o guardaram como a preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica. São Januário é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente por meio do papa Sixto V em 1586.




Santos Cornélio e Cipriano


16 de Setembro


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Santos Cornélio e CiprianoUnidos pela fé e sangue, encontramos como exemplo de amizade e santidade estas testemunhas de Cristo, que foram martirizados no mesmo dia, porém, com diferença de cinco anos.

São Cornélio

Cornélio tinha sido eleito Papa em 251, após um grande período de ausência do pastor por causa da terrível perseguição de Décio. Sua eleição foi contestada por Novaciano, que acusava o Papa de ser muito indulgente para com os que haviam renegado a fé (lapsos) e separaram-se da Igreja.

Por causa dos êxitos obtidos com sua pregação, foi processado e exilado para o lugar hoje chamado Civitavecchici, onde Cornélio morreu. Foi sepultado nas catacumbas de Calisto.


São Cipriano

Uma das grandes figuras do século III, Cipriano, de família rica de Cartago, capital romana na África do Norte. Quando pagão era um ótimo advogado e mestre de retórica, até que provocado pela constância e serenidade dos mártires cristãos, converteu-se entre 35 e 40 anos de idade.

Por causa de sua radical conversão muitos ficaram espantados já que era bem popular. Com pouco tempo foi ordenado sacerdote e depois sagrado Bispo num período difícil da Igreja africana.

Duas perseguições contra os cristãos ocorreram: a de Décio e Valeriano. Estas perseguições marcaram o começo e o fim de seu episcopado, além de uma terrível peste que assolou o norte da África, semeando mortes. Problemas doutrinários, por outro lado, agitavam a Igreja daquela região.

Diante da perseguição do imperador Décio em 249, Cipriano escolheu esconder-se para continuar prestando serviços à Igreja. No ano 258, o santo Bispo foi denunciado, preso e processado. Existem as atas do seu processo de martírio que relatam suas últimas palavras do saber da sua sentença à morte: "Graças a Deus!"


Santos Cornélio e Cipriano, rogai por nós!


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