quarta-feira, 19 de setembro de 2012

DIA 19 DE SETEMBRO - QUARTA-FEIRA

XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Ouvi, Senhor, as preces do vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que os vossos profetas sejam verdadeiros (Eco 36,18).
Oração do dia
Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 Coríntios 12,31-13,13)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
12 31 Aspirai aos dons superiores. E agora, ainda vou indicar-vos o caminho mais excelente de todos.
13 1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
2 Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.
3 Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!
4 A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante.
5 Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor.
6 Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.
7 Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.
9 A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita.
10 Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.
11 Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.
12 Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido.
13 Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade.
Palavra do Senhor.


Reflexão Pessoal – 1 Coríntios  2,31-13.13 – “O AMOR é o dom maior”

A caridade é o Amor de Deus que se manifesta em nós e através de nós. Por isso, São Paulo nos convida a percorrermos o caminho por excelência: o caminho do Amor.  O AMOR é o dom maior, portanto é a avenida mais segura para alcançarmos o céu.  A caridade é também o estado de vida que iremos experimentar lá, quando daqui partirmos. É o dom que permanece e nunca se acaba. Todo o conhecimento que nós adquirimos, assim como tudo o que apreendemos ou todo o bem que conquistamos, nos terá sido útil para o tempo em que estivemos por aqui. Até mesmo a fé e a esperança, um dia não nos serão mais necessários, porque veremos a Deus face a face e não estaremos mais na expectativa.  Ficará somente, portanto, o Amor. Este continuará a ser vivenciado por nós em plenitudeViver a caridade, ou seja, o amor é pôr em prática, desde já, a paciência, a benignidade, a compreensão, a concórdia e desprezar os atos de vaidade, de soberba, de interesse próprio, de ira e de rancor. É vivermos afeiçoados ao que Jesus vivenciou, de coração, sem constrangimento, sem contestação ou murmuração. É encontrar o sentido da vida na contribuição com a felicidade do outro, saindo de si para servir ao próximo, por AMOR! Que o amor seja, portanto, o molde para os nossos pensamentos, sentimentos e ações do dia a dia. Que aprendamos com São Paulo a tudo suportar e desculpar crendo e esperando a perfeição que um dia viveremos diante do Pai.  – O que mais toca a você neste hino ao Amor? – Você já aprendeu a tudo fazer por amor? – Para você como é que pode acontecer a caridade? – No seu entendimento em que consiste a caridade? – Você tem se esquecido de si mesmo (a) para contribuir com a felicidade de alguém?
Salmo responsorial 32/33
Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança! 
Dai graças ao Senhor ao som da harpa,
Na lira de dez cordas celebrai-o!
Cantai para o Senhor um canto novo,
Com arte sustentai a louvação!

Pois reta é a palavra do Senhor,
E tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
Transborda em toda a terra a sua graça.

Feliz o povo cujo Deus é o Senhor,
E a nação que escolheu por sua herança!
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
Da mesma forma que em vós nós esperamos!



Salmo 32 – “ Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
O herdeiro recebe do seu doador o tesouro que lhe pertence. Assim sendo, somos herdeiros escolhidos por Deus para receber Dele o Seu tesouro, que na essência é o Seu Amor. Como herdeiros, recebemos amor, graça, justiça, santidade, por isso é que somos considerados, povo feliz!
Evangelho (Lucas 7,31-35)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna (Jo 6,63.68). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
7 31 “A quem compararei os homens desta geração? Com quem se assemelham?
32 São semelhantes a meninos que, sentados na praça, falam uns com os outros, dizendo: Tocamos a flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes.
33 Pois veio João Batista, que nem comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Ele está possuído do demônio.
34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: ‘Eis um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e libertinos’.
35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.
Palavra da Salvação.




Evangelho – Lucas 7, 31-35 – “filhos da sabedoria

O exemplo das “crianças que se sentam nas praças” é uma comparação às nossas infantilidades quando duvidamos das ações de Deus na nossa vida.    Não queremos perceber os Seus sinais, somos insatisfeitos (as) e, desejamos que todas as coisas, aconteçam de acordo com a nossa vontade sem mesmo sabermos qual é na verdade, o motivo pelo qual nós as pedimos e as esperamos. Não temos convicção de quem somos nem do que queremos e qual é o ideal da nossa vida. Reclamamos de tudo e não aproveitamos o momento atual para apreendermos, ou com o sofrimento, ou com a bonança, na alegria ou na tristeza.   Nós somos essas crianças quando não sabemos o que queremos nem tampouco do que precisamos e nos justificamos pondo a culpa nos outros. Nunca assumimos as nossas carências, deficiências, as nossas leviandades, mudanças de humor e de opinião e há sempre alguém que é o nosso algoz, o réu, o acusado.   Cada fato e acontecimento da nossa existência quando enxergado com os olhos de Deus tem o seu aprendizado. Às vezes perdemos as graças que o Senhor nos dispensa porque não sabemos “entender os sinais dos tempos”.  O negativo na maioria das vezes prevalece aos nossos olhos, não sabemos enxergar as luzes acesas e olhamos somente para as luzes que estão apagadas. Por que será assim? Porque ainda não nos dispomos a abrir o coração e perceber o reino de Deus que está dentro de nós. Sábio, portanto, é aquele (a) que acolhe a palavra de Deus sem protesto e sem discussão. O sábio não perde tempo com lamentações, nem lamúrias. Somos “filhos da sabedoria” quando nos deixamos envolver pelo mistério da piedade, o mistério da Fé em Jesus Cristo, sem questionar ou murmurar. Jesus quer que sejamos “filhos da sabedoria”, que possamos sentir o cheiro de Deus em todos os acontecimentos da nossa vida. Mas ainda há tempo para que nós formemos uma geração diferente da geração do tempo de Jesus aqui na terra! - Essa história tem alguma coisa a ver com você? – Você é eternamente uma pessoa insatisfeita ou   já enxerga o dedo de Deus na sua vida? – Você faz parte também dessa geração de crianças que não sabem o que querem? – Quem será o (a) culpado (a) por você nunca melhorar nem crescer?  - Você se ajusta com facilidade aos fatos da sua vida ou você tem dificuldade de mudança?
Comentário ao Evangelho
ATITUDES CONTRADITÓRIASO modo como era tratado por seus contemporâneos deixava Jesus irritado. A má vontade deles levava-os a interpretar mal tudo o que o Mestre fazia. De forma alguma, deixavam-se convencer pelo messianismo de Jesus, mesmo vendo seus milagres e prodígios.
Uma das atitudes de Jesus, censurada por eles, era sua solidariedade com os pecadores e as pessoas marginalizadas pela sociedade. Jesus não se envergonhava de ser visto na companhia desse tipo de gente, nem de sentar-se à mesa com ela. Sua atitude fundava-se numa profunda consciência de ter sido enviado para trazer a salvação, mormente aos pecadores. Sendo assim, seu tempo deveria ser gasto com estes e não com quem  pensava ter assegurada sua própria salvação. Jesus estava com quem o Pai queria que ele estivesse. Ele não haveria de mudar de comportamento por causa das críticas e das maledicências alheias.
Entretanto, o Mestre percebia na reação de seus críticos uma raiz viciada: no fundo,  não queriam mesmo era se converter. Qualquer quer fosse a atitude de Jesus, teriam motivos para rejeitá-lo.
João, em sua austeridade de vida, fora chamado de possesso. Jesus, que vivia sem preconceitos, era chamado de glutão e beberrão.
A condenação desses inimigos do Mestre seria conseqüência de sua má vontade, que os levava a fechar-se à salvação oferecida por Deus.

Oração
Senhor Jesus, ensina-me a ser solidário com os pecadores e marginalizados, de modo a manifestar-lhes a misericórdia de Deus.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Sede propício, ó Deus, às nossas súplicas e acolhei com bondade as oferendas dos vossos servos e servas, para que aproveite à salvação de todos o que cada um trouxe em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Quão preciosa é, Senhor, vossa graça! Eis que os filhos dos homens se abrigam sob a sombra das asas de Deus (Sl 35,18).
Depois da comunhão
Ó Deus, que a ação da vossa eucaristia penetre todo o nosso ser para que não sejamos movidos por nossos impulsos, mas pela graça do vosso sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO JANUÁRIO
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, que nos concedeis celebrar a memória do vosso mártir são Januário, dai que nos alegremos com ele na eterna bem-aventurança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Santificai, ó Deus, com a vossa bênção, as nossas oferendas e acendei em nós o fogo do vosso amor, que levou são Januário a vencer os tormentos do martírio. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Ó Deus, que estes sagrados mistérios nos concedam a fortaleza de ânimo que levou vosso mártir são Januário a vos servir fielmente e a vencer o martírio. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JANUÁRIO):
A esse santo é atribuído o "milagre do sangue de são Januário", ou Gennaro, como é o seu nome na língua italiana. Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, sua imagem é exposta à imensa população de fiéis. Por várias vezes, na ocasião a relíquia do seu sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a coloração vermelha. A primeira vez, devidamente registrada e desde então amplamente documentada, ocorreu na festa de 1389. A última vez foi em 1988. O mais incrível é que a ciência já tentou, mas ainda não conseguiu chegar a alguma conclusão de como o sangue, depositado num vidro em estado sólido, de repente se torna líquido, mudando a cor, consistência, e até mesmo duplicando seu peso. Assim, segue, através dos séculos, a liquefação do sangue de são Januário como um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar. Por isso o povo de Nápoles e todos os católicos devotam enorme veneração por são Januário. Até a história dessa linda cidade italiana, cravada ao pé da montanha do Vesúvio, confunde-se com a devoção dedicada a ele, que os protege das pestes e das erupções do referido vulcão. Na verdade, ela se torna a própria história deste santo que, segundo os atos do Vaticano, era napolitano de origem e viveu no fim do século III. Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi eleito bispo de Benevento, uma cidade situada a setenta quilômetros da sua cidade natal. Era uma época em que os inimigos do cristianismo submetiam os cristãos a testemunharem sua fé por meio dos terríveis martírios seguidos de morte. No ano 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou a última e também a mais violenta perseguição contra a Igreja. O bispo Januário foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução era para ser, mesmo, um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, a exemplo do que aconteceu com o profeta Daniel, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou, então, que fossem todos degolados ali mesmo. Era o dia 19 de setembro de 305. Alguns cristãos, piedosamente, recolheram em duas ampolas o sangue do bispo Januário e o guardaram como a preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica. São Januário é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente por meio do papa Sixto V em 1586.




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