sábado, 21 de abril de 2012

Liturgia Diária DIA 21 DE ABRIL


DIA 21 DE ABRIL - SÁBADO

II SEMANA DA PÁSCOA *
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Povo resgatado por Deus, proclamai suas maravilhas: ele vos chamou das trevas á sua luz admirável, aleluia! (1Pd 2,9).
Oração do dia
Ó Deus, por quem fomos remidos e adotados como filhos, velai sobre nós em vosso amor de Pai e concedei aos que crêem no Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 6,1-7)
Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos.
6 1 Naqueles dias, como crescesse o número dos discípulos, houve queixas dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas teriam sido negligenciadas na distribuição diária.
2 Por isso, os Doze convocaram uma reunião dos discípulos e disseram: "Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus, para administrar.
3 Portanto, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos este ofício.
4 Nós atenderemos sem cessar à oração e ao ministério da palavra".
5 Este parecer agradou a toda a reunião. Escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
6 Apresentaram-nos aos apóstolos, e estes, orando, impuseram-lhes as mãos.
7 Divulgou-se sempre mais a palavra de Deus. Multiplicava-se consideravelmente o número dos discípulos em Jerusalém. Também grande número de sacerdotes aderia à fé.
Palavra do Senhor.


Reflexão Pessoal – Atos 6, 1-7 – “percebendo Deus”

Os discípulos de Jesus perceberam a necessidade de definir as posições e as ocupações dentro da Missão. Inspirados, pois, pelo Espírito, eles escolheram os sete homens que iriam ajuda-los no serviço de atendimento ao povo cristão. Assim também o Espírito Santo nos vai inspirando de acordo com as nossas necessidades, pois a obra de Deus é sempre motivadora.  Seja na família ou na comunidade, no trabalho do reino, assim como também no trabalho profissional o Senhor nos dá o direcionamento correto para que a Sua vontade aconteça. O reino de Deus não está desassociado da nossa vivência aqui na terra. Por isso, todos nós temos uma função e o Senhor se serve de nós de acordo com o plano que Ele tem para cada um em qualquer atividade que exerçamos. Hoje, também existem os que têm mais atividade operacional, administrativa, mas precisam existir as pessoas chamadas a orar, a pregar a palavra, a alimentar a multidão. Por essa razão, elas têm que estar mais em sintonia com Deus, escutando o Seu direcionamento e discernindo o pensamento em conformidade com o Espírito Santo. A cada um de nós Deus dá, segundo a sua vontade, possibilidades para exercemos a missão que nos foi destinada. Mesmo na administração ou nas tarefas comuns da vida nós também precisamos estar “cheios do Espírito Santo” como eram os sete homens escolhidos pelos apóstolos.  A nossa participação nos problemas da comunidade ou da família é também muito importante para a solução deles. Os acontecimentos inesperados e até as divergências são sinais para nós de que algo precisa ser modificado. O essencial evolui, prospera, mas não muda e o importante é que estejamos atentos (as) às sugestões do Espírito Santo. Precisamos dentro da nossa família também pedir a assistência do Espírito Santo de Deus tomando o direcionamento pela Sua sábia Palavra e em oração. Dessa maneira teríamos mais firmeza nas nossas ações e, com certeza, mais sucesso nos nossos empreendimentos. Ainda é tempo de começar a agir!   – Você costuma pedir o auxílio do Espírito Santo para os trabalhos que realiza? – Que tal começar a fazer isto de agora em diante na nossa casa ou no trabalho? Podemos aprender a impor a mão sobre as pessoas e pedir ao Espírito que mostre qual a  função de cada um!
Salmo responsorial 32/33
Sobre nós, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos! 

Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
Aos retos fica bem glorificá-lo.
Daí graças ao Senhor ao som da harpa,
na lira de dez cordas celebrai-o!

Pois reta é a palavra do Senhor,
e tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
transborda em toda a terra a sua graça.

O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
para da morte libertar as suas vidas
e alimentá-los quando é tempo de penúria.
Salmo 32 – “Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!”
O Senhor está sempre atento às nossas necessidades e tem o Seu olhar pousado sobre todos nós que O tememos e nele esperamos. Ele nos alimenta nos tempos de solidão e penúria e o Seu amor nos fortalece e nos edifica. Por meio de cada um de nós é que a Sua graça transborda em toda a terra, pois somos Seus instrumentos e soldados do Seu exército de amor. Aleluia!
Evangelho (João 6,16-21)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Ressurgiu Cristo, o Senhor, que criou tudo; ele teve compaixão da humanidade.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
6 16 Chegada a tarde, os seus discípulos desceram à margem do lago.
17 Subindo a uma barca, atravessaram o lago rumo a Cafarnaum. Era já escuro, e Jesus ainda não se tinha reunido a eles.
18 O mar, entretanto, se agitava, porque soprava um vento rijo.
19 Tendo eles remado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram Jesus que se aproximava da barca, andando sobre as águas, e ficaram atemorizados.
20 Mas ele lhes disse: "Sou eu, não temais".
21 Quiseram recebê-lo na barca, mas pouco depois a barca chegou ao seu destino.
Palavra da Salvação.

Evangelho – João 6, 16-21 – “mesmo na tempestade ”

Meditando neste Evangelho nós podemos fazer um paralelo com a nossa vida, quando também o mar está agitado porque as coisas e os acontecimentos estão fora dos padrões normais por isso, no sentimos na escuridão sem enxergar uma saída para os nossos problemas.  Anoitecia e os discípulos desceram ao mar, sozinhos; estava escuro e durante a travessia soprava  um vento forte, por isso o mar estava agitado; os discípulos já tinham remado bastante; e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles!   Nós também já remamos muito, já tentamos tudo, no entanto, não sentimos paz, a escuridão nos ronda e, algumas vezes entramos em desespero. Precisamos, porém avaliar se isto acontece porque estamos indo para o “mar”, sozinhos, isto é, assumindo compromissos, em hora imprópria, por nossa conta sem o direcionamento do Espírito Santo. Muitas vezes nós entramos na “barca”, e enfrentamos os trabalhos e tomamos as decisões sem esperar por Jesus. Não estamos orando, não refletimos a Sua Palavra e queremos resolver tudo sozinhos (as)!  Assim sendo, remamos por conta própria e a tempestade é consequência das nossas deliberações equivocadas e as coisas não dão certo porque estamos confiando em nós mesmos (as). Na maioria das vezes não nos importamos muito em saber a opinião de Deus, se é hora para ir ou para ficar e escolhemos caminhar sozinhos (as). Nós nos antecipamos e traçamos os nossos planos, os nossos projetos sem esperar pelas sugestões do Espírito Santo que conhece melhor o caminho pelo qual vamos cruzar e então o inesperado acontece.  Durante o percurso que escolhemos o mar encontra-se agitado e a tempestade nos surpreende, o vento nos tira do sério e ficamos aflitos (as) e angustiados (as). O que fazer? Já está escuro e o temor nos assalta!  Mas precisamos ter confiança!  Jesus Cristo está vigilante e sempre por perto, nos acerando e oferecendo ajuda, pois sabe o que está se passando conosco! Ele chega “andando sobre as águas”, vencendo as nossas dificuldades empunhando na mão a vitória que conquistou para nós. Precisamos acreditar na Sua intervenção e não confundi-Lo com as pessoas comuns, distinguir a Sua voz e acolhe-Lo com alegria e sem temor. Ele hoje também nos fala: “Sou eu “Não tenhais medo!” Se, na hora das nossas tribulações, procurássemos enxergar a Jesus e ouvir a Sua voz não padeceríamos tantas aflições.  O encontro com Jesus requer compromisso com Ele do nosso testemunho para o mundo de fé e de confiança.  Mesmo na  tempestade, mesmo que o mar se agite podemos estar certos de que não estamos longe da praia e que Jesus recolhe  a nossa barca e a coloca em lugar seguro. –  Alguma vez você já viveu essa situação?  – Você reconhece a voz de Jesus no meio do mundo? – Você também tem enfrentado as dificuldades sozinho (a)? – Você leva sempre Jesus na sua barca ou algumas vezes O tem esquecido na praia?
Sobre as oferendas
Dignai-vos, ó Deus, santificar estes dons e, aceitando este sacrifício espiritual, fazei de nós mesmos uma oferenda eterna para vós. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que contemplem a glória que me deste, aleluia! (Jo 17,24).
Depois da comunhão
Tendo participado do sacramento do Corpo e do Sangue do vosso Filho, nós vos suplicamos, ó Deus, que nos faça crescer em caridade a eucaristia que ele nos mandou realizar em sua memória. Por Cristo, nosso Senhor.



MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTO ANSELMO
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, que concedestes ao bispo santo Anselmo investigar e ensinar as profundezas de vossa sabedoria, fazei que a fé venha em auxílio de nossa inteligência, tornando suaves ao nosso coração as verdades que devemos crer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Olhai com bondade, ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer em vosso altar na festa de santo Anselmo, para que, alcançando-nos o perdão, glorifique o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Alimentados pela eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que, seguindo o exemplo de santo Anselmo, procuremos proclamar a fé que abraçou e praticar a doutrina que ensinou. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO ANSELMO):
Anselmo fugiu de casa para poder tornar-se um religioso. Para ele o significado do ato ia além de abandonar a proteção paterna, significava esquecer toda a fortuna e influência que sua família possuía. Anselmo nasceu em Aosta, no norte da Itália, em 1033, e seu pai freqüentava as rodas da nobreza reinante. Por isso projetou para o filho uma carreira que manteria e até aumentaria a fortuna do clã, razão pela qual se opunha rigidamente à vontade do filho de tornar-se sacerdote. Como Anselmo perdera a mãe muito cedo, e tinha um coração doce e manso, como registram os escritos, fez a vontade do pai até os vinte anos. Mas, dentro de si, a tristeza crescia. Anselmo queria dedicar-se de corpo e alma à sua fé, contrária à vida mundana de festas em meio ao luxo e à riqueza. Estudava com os beneditinos e sua vocação o chamava a todo instante. Assim, um dia não agüentou mais e fugiu de casa. Vagou pela Borgonha e pela França até chegar à Normandia, onde, então, se entregou aos estudos religiosos, sob a orientação do monge Lanfranco. Em pouco tempo, ordenou-se e formou-se teólogo. Tão rapidamente quanto sua alma desejava, viu-se eleito abade do mosteiro e professor. Passou, então, a pregar pelas redondezas e, como o cargo o permitia, a liderar a implantação de uma grande reforma monástica. Como seu trabalho lhe trouxe renome, passou a influenciar intelectualmente na sua época, tanto espiritual quanto materialmente, por meio do que escrevia. Foram tantos os escritos deixados por ele que é considerado o fundador da ciência teológica no Ocidente. Chegou a arcebispo-primaz da Inglaterra. Conta-se que enfrentou duras perseguições do rei Guilherme, o Vermelho, e de Henrique I. Mas tinha a fala tão mansa e argumentos tão pacíficos que com eles desarmava seus inimigos e virava o jogo a seu favor. Anselmo morreu em Canterbury, com setenta e seis anos, no dia 21 de abril de 1109, e foi declarado "doutor da Igreja" pelo papa Clemente XI em 1720.

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