terça-feira, 24 de abril de 2012


DIA 24 DE ABRIL - TERÇA-FEIRA

III SEMANA DA PÁSCOA *
(BRANCO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Louvai o nosso Deus, todos vós que o temeis, pequenos e grandes; pois manifestou-se a salvação, a vitória e o poder do seu Cristo, aleluia! (Ap 19,5;12,10)
Oração do dia
Ó Deus, que abris as portas do reino dos céus aos que renasceram pela água e pelo Espírito Santo, aumentai em vossos filhos e filhas a graça que lhes destes para que, purificados de todo pecado, obtenham os bens que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 7,51-8,1)
Leitura Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, Estevão disse ao povo, aos anciãos e aos doutores da lei: 7 51 “Homens de dura cerviz, e de corações e ouvidos incircuncisos! Vós sempre resistis ao Espírito Santo. Como procederam os vossos pais, assim procedeis vós também!
52 A qual dos profetas não perseguiram os vossos pais? Mataram os que prediziam a vinda do Justo, do qual vós agora tendes sido traidores e homicidas.
53 Vós que recebestes a lei pelo ministério dos anjos e não a guardastes".
54 Ao ouvir tais palavras, esbravejaram de raiva e rangiam os dentes contra ele.
55 Mas, cheio do Espírito Santo, Estêvão fitou o céu e viu a glória de Deus e Jesus de pé à direita de Deus:
56 "Eis que vejo, disse ele, os céus abertos e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus".
57 Levantaram então um grande clamor, taparam os ouvidos e todos juntos se atiraram furiosos contra ele.
58 Lançaram-no fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um moço chamado Saulo.
59 E apedrejavam Estêvão, que orava e dizia: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito".
60 Posto de joelhos, exclamou em alta voz: "Senhor, não lhes leves em conta este pecado". A estas palavras, expirou.
8 1 E Saulo havia aprovado a morte de Estêvão. Naquele dia, rompeu uma grande perseguição contra a comunidade de Jerusalém. Todos se dispersaram pelas regiões da Judéia e de Samaria, com exceção dos apóstolos.
Palavra do Senhor.

Reflexão Pessoal – Atos 7, 51-  8,1 – “a beleza do céu na hora da tribulação”
Estêvão foi às últimas consequências e aceitou a morte para ser fiel a Jesus, por isso o céu se manifestou no seu coração. Ver o céu aberto é descortinar a nossa realidade interior e sentir a presença da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, nos momentos mais cruciantes da nossa existência. Assim foi que Estêvão, na hora de maior provação, mas firme diante dos homens que o apedrejavam, olhou para o céu e, cheio do Espírito Santo, em perfeita sintonia com Deus, viu a Sua glória!   Os homens olhavam-no com os olhos da terra, olhar acusador e desconfiado, por isso não entendiam o seu comportamento nem queriam escutar as suas palavras e avançaram contra ele.  Somente alguém cheio do Espírito Santo pode ver o céu aberto e      sabe olhar para o seu coração distinguindo a glória de Deus se manifestar, mesmo na maior perseguição e tribulação. O céu está dentro de nós!  Quando estamos com o coração fechado e insensível não conseguimos nos submeter à ação do Espírito Santo e, por isso, também resistimos à graça de Deus que mora em nós. Também resistimos ao Espírito Santo quando não damos ouvidos às pessoas que são seus instrumentos para nos esclarecer a verdade; quando rejeitamos os ensinamentos e os mandamentos de Deus para seguir apenas a nossa humanidade voluntariosa; quando perseguimos, sem pensar, alguém que nos quer abrir os olhos, aconselhar, admoestar, enfim, quando preferimos desconhecer totalmente os mistérios de Deus dando preferência ao juízo que fazemos das coisas aparentes. Deus é fiel e nunca abandona aqueles que Nele confiam. Quando enfrentamos qualquer dificuldade por amor à causa do reino, quando nos deixamos ficar cheios do Espírito Santo e assumimos o papel de anunciadores do reino nós sentimos no coração a beleza do céu.  Quando permanecermos firmes no anúncio do Evangelho, mesmo diante da morte, nós veremos “o céu aberto e Jesus de pé, diante de do Pai” e, por isso, conseguiremos perdoar. Só quem sente a presença do AMOR eterno no coração pode perdoar qualquer ofensa. Que nós possamos pedir ao Senhor que acolha o nosso coração com todas as incertezas, dúvidas e fraquezas e, como Estevão, na hora do sufoco entreguemos a Ele o nosso espírito.  – A quem você tem tido que enfrentar para ser fiel a Deus? – Nos momentos de perseguição você tem conseguido entregar-se ao Espírito Santo? – Você já viu o céu aberto? – Como você acolhe aos ensinamentos de Deus por meio das pessoas que você nem conhece? – Você costuma condenar alguém apenas pelas aparências?
Salmo responsorial 30/31
Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
Sede uma rocha protetora para mim,
um abrigo bem seguro que me salve!
Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza;
por vossa honra, orientai-me e conduzi-me!

Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,
porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
quanto a mim, é ao Senhor que me confio,
vosso amor me faz saltar de alegria.

Mostrai serena a vossa face ao vosso servo
e salvai-me pela vossa compaixão!
Na proteção de vossa face defendeis,
bem longe das intrigas dos mortais.

Salmo 30 – “Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.”
Essa foi a oração de Jesus, na Cruz, na hora da Sua morte. Confiando no Pai, muito embora se sentisse abandonado, Jesus entregou o Seu Espírito através do canto desse salmo. “Porque vós me salvareis, ó Deus fiel!”Na hora do maior sofrimento e dor nós podemos também como Jesus entregar o nosso espírito ao Pai, confiando em que a Sua serenidade nos dará forças para que possamos ir até o fim no itinerário que nos é proposto.
Evangelho (João 6,30-35)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o pão da vida, quem vem a mim não terá fome; assim nos fala o Senhor (Jo 6,35).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 6 30 perguntaram eles: "Que milagre fazes tu, para que o vejamos e creiamos em ti? Qual é a tua obra?
31 Nossos pais comeram o maná no deserto, segundo o que está escrito: ´Deu-lhes de comer o pão vindo do céu´".
32 Jesus respondeu-lhes: "Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu;
33 porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo".
34 Disseram-lhe: "Senhor, dá-nos sempre deste pão!"
35 Jesus replicou: "Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede".
Palavra da Salvação.
Evangelho – João 6, 30-35 – “o pão do céu”

O Pai deu ao mundo o verdadeiro alimento para a alma do homem: Seu próprio Filho Jesus.   Jesus é o pão que desceu do céu, o pão que foi providenciado pelo Pai.   Naquele tempo a multidão pedia a Jesus um sinal como o que ocorrera no tempo em que Moisés conduzia o povo de Israel no deserto, quando caiu do céu o “maná”, como alimento. O povo atribuía a Moisés o milagre que acontecera, no entanto, como disse Jesus, o verdadeiro pão nos é dado pelo próprio Pai. Hoje também o céu está aberto e o pão que desce do céu é o próprio Jesus que vem alimentar a nossa alma e matar a nossa fome.  Precisamos tomar consciência de que este alimento está ao nosso alcance e que não precisamos mais de sinais nem de provas como pedia o povo no tempo em que Jesus estava na terra. Jesus é o sinal atual, Ele é o próprio maná que mata a nossa fome de Deus, para sempre. Às vezes nos apegamos às migalhas que recebemos aqui na terra e buscamos aqui e acolá sustento para as nossas carências materiais e emocionais. No entanto, precisamos nos colocar numa perspectiva espiritual para entendermos as palavras de Jesus. Ele fala ao coração do homem e não à sua mente ou ao seu entendimento humano.  “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”! O pão da vida é Jesus que nós experimentamos na Palavra e na Eucaristia que hoje nos alimenta e sustenta a nossa caminhada espiritual. Comungando o Corpo e o Sangue de Jesus e meditando com a Sua Palavra nós estamos entrando em comunhão plena com o próprio Deus. – Você ainda pede sinais a Jesus para acreditar Nele? Você já descobriu que o grande sinal que Jesus nos dá é a sua presença na Palavra e na Eucaristia? – Você sente a necessidade de se alimentar com o Corpo e o Sangue de Jesus? – O que você tem feito para provar deste Pão? – Você tem se abastecido da Palavra do Senhor todos os dias? – E com que frequência você tem alimentado a sua alma?

Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em festa. Vós que sois a causa de tão grande júbilo, concedei-lhe também a eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Se morremos em Cristo, cremos que também viveremos com Cristo, aleluia! (Rm 6,8)
Depois da comunhão
Ó Deus, olhai com bondade o vosso povo e concedei aos que renovastes pelos vossos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição da carne. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, que destes a palma do martírio a são Fidélis, quando, abrasado de amor, propagava a fé verdadeira, concedei, por sua intercessão, que, enraizados na caridade, confiemos também na força da ressurreição de Cristo. Que vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Deus de majestade, nós vos suplicamos que estas oferendas em honra de vossos santos, manifestando a glória do vosso poder, nos tragam os frutos da redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Alimentados, ó Pai, à vossa mesa, fazei que, seguindo o exemplo de são Fidélis, celebremos com amor o vosso culto e sirvamos a todos com incansável caridade. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA):
Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado em 1601. Durante alguns anos, exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar. Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana. Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência dos cristãos à Santa Sé. Em suas anotações, foi encontrado um bilhete escrito dez dias antes de sua morte, dizendo que sabia que seria assassinado, mas que morreria com alegria por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. Quando foi ferido, por um golpe de espada, pelos inimigos, pôs-se de joelhos, perdoou os seus assassinos e, rezando, abençoou a todos antes de morrer, no dia 24 de abril de 1622. O papa Bento XIV canonizou são Fidelis de Sigmaringen em 1724.


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