sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Liturgia Diária



DIA 24 DE AGOSTO - SEXTA-FEIRA

SÃO BARTOLOMEU
APÓSTOLO 
(VERMELHO, GLÓRIA, PREFÁCIO DOS APÓSTOLOS – OFÍCIO DA FESTA)

Antífona da entrada: Anunciai todos os dias a salvação de Deus, proclamai a sua glória às nações (Sl 95,2s).
Oração do dia
Ó Deus, fortalecei em nós aquela fé que levou são Bartolomeu a seguir de coração o vosso Filho e fazei que, pelas preces do apóstolo, a vossa Igreja se torne sacramento da salvação para todos os povos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Apocalipse 21,9-14)
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
21 9 Então veio um dos sete Anjos que tinham as sete taças cheias dos sete últimos flagelos e disse-me: "Vem, e mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro".
10 Levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus,
11 revestida da glória de Deus. Assemelhava-se seu esplendor a uma pedra muito preciosa, tal como o jaspe cristalino.
12 Tinha grande e alta muralha com doze portas, guardadas por doze anjos. Nas portas estavam gravados os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.
13 Ao oriente havia três portas, ao setentrião três portas, ao sul três portas e ao ocidente três portas.
14 A muralha da cidade tinha doze fundamentos com os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
Palavra do Senhor.
Reflexão Pessoal -  Apocalipse  21,9-14 – “a beleza da Igreja de Deus”
 

O Livro do Apocalipse contém as visões de São João, preso na Ilha de Patmos, quando, em espírito, Jesus começou a lhe revelar a Sua mensagem para a Igreja. É chamado o Livro das Revelações e é todo escrito com figuras simbólicas. Na leitura de hoje nós vemos a Igreja de Jesus Cristo que nos é mostrada como a cidade santa,  descida do céu, esposa do Cordeiro. Jesus veio a terra para edificar a Igreja, Sua esposa. Por isso, João viu Jerusalém pura e santa – a igreja do Senhor lavada no sangue do Cordeiro! A figura da cidade santa e perfeita representa o estado abençoado do povo de Deus que habita na Sua presençapor isso, tem a glória de Deus.  O número doze se destaca como o número do povo de Deus. A visualização de São João exalta a grandeza e beleza da Igreja de Deus representada pelas doze tribos de Israel e tendo como alicerce os doze apóstolos de Jesus Cristo Essas figuras, portanto, fazem com que cada vez mais nós tenhamos a convicção de que a nossa Igreja Católica Apostólica é aquela que foi fundada por Jesus, fundamentada no testemunho dos Seus apóstolos e que nos leva a ter por ela o respeito, a admiração e obediência que ela merece. A Igreja brilha no mundo através de nós. Nós somos a Igreja, cada um de nós é um tijolo nesse edifício espiritual que, nos sustentamos uns nos outros, formando o Corpo de Cristo. Portanto, nunca deveríamos falar mal da Igreja, pois assim, estaríamos denegrindo a nossa própria pessoa.   - Você procura se aprofundar na doutrina da Igreja Católica? – Você tem em mãos o Catecismo da nossa Igreja e já procurou conhecê-la melhor? – Quando alguém fala mal da Igreja Católica, você fica calado (a) por ignorância ou argumenta com segurança em sua defesa? –Você se considera Igreja ou acha que somente o Papa, os Bispos e os padres fazem parte dela?
Salmo responsorial 144/145
Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso reino glorioso!
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!

Para espalhar vossos prodígios entre os homens
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
O vosso reino é um reino para sempre,
vosso poder, de geração em geração.

É justo o Senhor em seus caminhos,
é santo em toda obra que ele faz.
Ele está perto da pessoa que o invoca,
de todo aquele que o invoca lealmente.

Salmo 144 –  “Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso reino glorioso!
Os amigos do Senhor formam a Igreja, Seu Corpo Místico. A Igreja somos todos nós, inseridos no mistério de Cristo e, portanto, somos chamados a espalhar os Seus prodígios entre os homens. De geração em geração os amigos do Senhor propagam o Seu reino e o Seu poder.
Evangelho (João 1,45-51)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Mestre, tu és o filho de Deus, és rei de Israel! (Jo 1,49)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
1 45 Filipe encontra Natanael e diz-lhe: "Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José".
46 Respondeu-lhe Natanael: "Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré?" Filipe retrucou: "Vem e vê".
47 Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz: "Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade".
48 Natanael pergunta-lhe: "Donde me conheces?" Respondeu Jesus: "Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira".
49 Falou-lhe Natanael: "Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel".
50 Jesus replicou-lhe: "Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta".
51 E ajuntou: "Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem".
Palavra da Salvação.
Evangelho – João 1, 45-51 – “Somos também como Natanael”

Na maioria das vezes nós também somos como Natanael, desconfiados (as) e preconceituosos (as). Não acreditamos quando alguém nos fala das coisas de Deus e só confiamos naquilo que vemos, experimentamos e comprovamos. Hoje, Jesus também nos chama através das pessoas mais simples e despretensiosas, que nos dizem: “Vem ver”!  Perdemos tempo, às vezes, buscando solução para os nossos problemas junto de pessoas as quais consideramos alguém muito especial e famoso que nos prenunciam coisas que desejamos e, por isso, deixamos para trás o convite de Jesus. Contudo, Jesus tem paciência e faz de tudo para nos atrair para o seu reino de amor. Ele conhece a nossa história e sabe qual é a palavra chave para que nós possamos acolher o Seu apelo. Se entendêssemos que Jesus está vivo e atuando na nossa vida e, por isso,  deseja dar mais sabor e alegria à nossa existência, com certeza, nós não relutaríamos em atender ao Seu chamado. Jesus também nos vê debaixo das “figueiras” (diversas situações)  onde nos encontramos, conhece os apelos do nosso coração e quer nos curar, nos transformar, animar. Quando apenas “ouvimos falar” de Jesus nós desconfiamos e nos esquivamos, no entanto, a partir do momento em que temos  uma experiência pessoal com Ele nós também dizemos como Natanael: “ Tu és o Filho de Deus, tu és rei na minha vida!”  Se confiarmos em Jesus e no seu chamado para segui-Lo,  muitas maravilhas também haveremos de presenciar: o céu aberto e os anjos subindo e descendo. - Você ainda é como Natanael foi ou já pode dizer que Jesus é o rei da sua vida? – Você sabe que Jesus conhece tudo sobre você e que o (a) viu desde que você estava sob a figueira, isto é, em todas as situações da sua vida?
Comentário ao Evangelho
SUPERANDO OS PRECONCEITOSOs primeiros discípulos foram obrigados a superar a barreira dos preconceitos para poder acolher Jesus como Messias e se tornar seus seguidores. Natanael não podia aceitar que de Nazaré, cidade mal-afamada, pudesse sair algo de bom, muito menos um Messias. A pecha de nazaretano desdobrava-se num rosário de outras evocações tomadas como negativas. Ele era pobre, de família sem prestígio, um indivíduo sem expressão moral ou cultural. Enfim, um desclassificado.
Pela insistência de Filipe, Natanael se predispôs a ir ver Jesus. Seu preconceito contrastou com a idéia altamente positiva que Jesus tinha a respeito dele. Jesus considerava-o um israelita íntegro, sem dolo nem fingimento. Em outras palavras, um indivíduo em cuja palavra se podia inteiramente confiar. O próprio Jesus confiou nele e lhe fez uma solene revelação.
A atitude de Jesus deixou Natanael desarmado, levando-o a abrir mão de seus preconceitos. Numa atitude própria de discípulo, Natanael reconheceu Jesus como um Rabi, ou seja, mestre, digno de veneração e respeito. Reconheceu-o, também, como Filho de Deus, cuja origem superava as possibilidades humanas, fazendo dele mais do que um simples filho de José da Galiléia. Reconheceu-o, ainda, como Rei de Israel, o Messias que reavivaria a esperança no coração do povo. Logo, de Nazaré também podia sair coisa boa.

Oração 
Senhor Jesus, eu me ponho diante de ti, sem preconceitos, desejando conhecer-te como o Messias de Deus.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, ao oferecermos este sacrifício de louvor na festa do apóstolo são Bartolomeu, possamos, por sua intercessão, receber os vossos auxílios. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eu disponho do reino para vós como meu Pai dispôs para mim, diz o Senhor. No meu reino comereis e bebereis à minha mesa (Lc 22,29ss).
Depois da comunhão
Alegrando-nos na festa de são Bartolomeu, recebemos, ó Pai, o penhor da salvação; fazei que ele nos seja auxílio na vida presente e garantia da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO BARTOLOMEU)
Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos doze primeiros apóstolos de Jesus. É assim descrito nos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, e também nos Atos dos Apóstolos.

Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma pequena aldeia a quatorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Tholmai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico, a palavra "bar" que dizer "filho" e "tholmai" significa "agricultor". Por isso os historiadores são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa. Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram viajantes. Foi o apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias.

Até esse seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e, às vezes, irônico com relação às coisas de Deus. Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: "Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fingimento".

Ele teve o privilégio de estar ao lado de Jesus durante quase toda a missão do Mestre na terra. Compartilhou seu cotidiano, presenciou seus milagres, ouviu seus ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e, finalmente, assistiu sua ascensão ao céu.

Depois de Pentecostes, Bartolomeu foi pregar a Boa-Nova. Encerradas essas narrativas dos evangelhos históricos, entram as narrativas dos apócrifos, isto é, das antigas tradições. A mais conhecida é da Armênia, que conta que Bartolomeu foi evangelizar as regiões da Índia, Armênia Menor e Mesopotâmia.

Superou dificuldades incríveis, de idioma e cultura, e converteu muitas pessoas e várias cidades à fé do Cristo, pregando segundo o evangelho de são Mateus. Foi na Armênia, depois de converter o rei Polímio, a esposa e mais doze cidades, que ele teria sofrido o martírio, motivado pela inveja dos sacerdotes pagãos, os quais insuflaram Astiages, irmão do rei, e conseguiram uma ordem para matar o apóstolo. Bartolomeu foi esfolado vivo e, como não morreu, foi decapitado. Era o dia 24 de agosto de 51.

A Igreja comemora são Bartolomeu Apóstolo no dia de sua morte. Ele se tornou o modelo para quem se deixa conduzir pelo outro ao Senhor Jesus Cristo.




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