DIZÍMO




MENSAGEM DA PASTORAL DO DÍZIMO MÊS AGOSTO 2013

s ama a quem dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que, tendo sempre em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda a espécie de boas obras”. (IICor 9,6-8).  Senhor, fazei de mim um dizimista consciente, alegre e generoso.
Dízimo é administrar os bens de Deus, que são todos os dons que Ele nos dá: a vida, a saúde, a fé, o tempo, os talentos pessoais e os bens materiais para sustentar a nossa vida. Criados à imagem e semelhança de Deus que é Amor, aprendendo com Ele que reparte gratuitamente todos os bens, somos também convidados a repartir os nossos dons. Colocando a serviço de Deus e da sua obra parte do nosso tempo, os nossos talentos e um pouco dos nossos bens materiais, tornamo-nos construtores do Reino de Deus. Senhor, fazei de mim um dizimista consciente, alegre e generoso.

MENSAGEM DA PASTORAL DO DÍZIMO MÊS JULHO 2013



Dizimista meu irmão, que bom tê-lo fiel a meu lado.
É meu o teu horizonte, comigo acertas teus passos…
A tua mão estendida, ombros largos, sorriso expresso no rosto
Olhar brilhante, pés ligeiros no caminho!
E a tua voz falando alto meu nome, mesmo no silencio das palavras…
És cristão, és outro cristo, e quanto me alegra ver que sou pra você
O Caminho, a Verdade e a Vida.
Meu coração se inebria quando te olho e percebo:
Não és dizimista por acaso, és dizimista por amor!
O caminho dizimista se faz em pequenos passos:
O passo da consciência, depois a motivação
Mais um que é o compromisso, o outro o da decisão
E agora assumiste à risca esta tua oblação
Te entregas inteiro e fiel também partilhando o pão.
Que pão perguntas humilde?!
O Pão da fome do pão, o pão que alimenta a vida
O pão da ressurreição
o pão do verbo palavra, o pão da eucaristia
o pão pra mesa que é pobre da mesa farta de pão.
Eu sou o Pão da Vida e você, fiel dizimista
Recolhe em muitos cestos, sobras da multiplicação
Que em milagres dia-a-dia, germina em forma de pão.
É importante o teu dízimo?
Talvez você nem se dê conta de quão importante ele o é.
Você pode pensar:… mas é tão pouco que entrego a Deus!
Como poderia ser importante?
Te esqueces acaso que Deus não olha a quantia
Pois enxerga o coração humano?!
E o nosso coração ou é generoso ou é mesquinho.
Teu jeito generoso, certamente alegra o coração divino
pelo compromisso, a perseverança e tua ânsia em cooperar
conforme tuas posses, na obra da evangelização.


MENSAGEM DA PASTORAL DO DÍZIMO MÊS JUNHO 2013

Contribuir com o Dízimo é participar da  grande  missão da  Igreja .
 Com o dízimo  é que se consegue manter a Igreja  , que é  nossa.
 Assim como na  sua casa tem as despesas mensais , aqui também temos
 as despesas  de tudo o que nós encontramos na missa, os folhetos a Igreja limpa
 as flores, a luz , a água   manutenção ,salario dos   funcionários temos que pagar.Aqui você reza  ,agradece a Deus , manda celebrar missa,  catequese para os seus filhos.
  Se a comunidade  funciona bem é através do seu dízimo que você contribui com tanto amor.

 Seja um dizimista fiel as coisas de Deus.


 ´Ser dizimista é participar da escola do amor.



MENSAGEM PASTORAL DÍZIMO ABRIL DE 2013


É missão de todos nós! Deus chama, eu quero ouvir a tua voz!”
É missão de todos anunciar o Reino entre nós.



Dízimo oferta singerla
Pelo batismo, todos nós participamos da missão de Jesus. Devemos testemunhar e anunciar o Reino entre nós. Vamos assumir o compromisso de divulgar a evangelização pelo dízimo.
Cada batizado é responsável por semear a Boa Nova de Jesus Cristo. Nossa Missão é sermos um semeador. Quando lançarmos a semente, devemos contar com a graça de Deus para que ela cresça.
Semear não é trabalho fácil. Devemos contar com as condições do solo, sol chuva, boa semente, assim é o trabalho com o dízimo, deve ser feito com cuidado e carinho. Primeiro devemos preparar o coração (solo) das pessoas para que se convertam e compreendam a importância do dízimo (semente).
O trabalho sabe que precisa do tempo para que a semente germine. Que nossa comunidade possa gastar tempo na conscientização sobre o dízimo, fruto do nosso amor a Deus, aos irmãos e a Igreja.
Portanto, Senhor, vós que dissestes “Ide e anunciai o Evangelho”, abençoai os alimentos que vamos partilhar, fruto da terra e do trabalho de muitos homens e mulheres, dai-nos a graça “do pouco oferecer”. Para que na partilha, vivamos o milagre da comunhão. Que os alimentes sejam força e esperança na luta! Confirma Senhor, nossa missão enquanto dizimistas e abençoai-nos. Somos teu povo em missão, que distribui o pão e se faz pão da vida solidária: Amém.

Texto a ser refletido: Lucas 21,1-4.





MENSAGEM DA PASTORAL Dízimo Fevereiro 2013

Dízimo é administrar os bens de Deus, que são todos os dons que Ele nos dá: a vida, a saúde, a fé, o tempo, os talentos pessoais e os bens materiais para sustentar a nossa vida. Criados à imagem e semelhança de Deus que é Amor, aprendendo com Ele que reparte gratuitamente todos os bens, somos também convidados a repartir os nossos dons. Colocando a serviço de Deus e da sua obra parte do nosso tempo, os nossos talentos e um pouco dos nossos bens materiais, tornamo-nos construtores do Reino de Deus.

 Senhor, fazei de mim um dizimista consciente, alegre e generoso.



MENSAGEM DA PASTORAL Dízimo Janeiro 2013

DÍZIMO e VOCÊ
Raia um novo ano,um novo dia. Novas esperanças novas promessas novos votos.Acreditamos de novo e partimos com coragem à procura de nós mesmos,de nosso íntimo:queremos ano novo e vida nova.Sonhamos de novo com saúde,fortuna,bem-estar,um sonho lindo,real e cristão de todos os homens que,de perto ou de longe,são sempre o próximo,tão próximos que são irmãos.
Há entre o homem e o tempo duas contradições bem fatais:
o homem não faz mas diz,o tempo não diz mas faz.
o homem traz mas não leva,mas o tempo leva e traz.
Tú sabes quantas sementes tem uma maçã.
Mas Deus sabe quantas maçãs tem uma semente.
Dízimo celebração da vida na família e na comunidade.

“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16,15). Evangelizar é a primeira e principal missão da Igreja. Ordenados ou não, se somos parte dessa Igreja, membros do corpo místico cuja cabeça é Cristo, então essa missão é de todos nós, herdada no batismo e individualmente assumida no Crisma.


Mas Jesus torna-nos também responsáveis por nossos irmãos. “Amai-vos uns aos outros”, diz Ele. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”, completa (Jo 15, 12-13). E ainda nos coloca em xeque em relação às atitudes que tivermos perante os mais desvalidos, com fome, com sede, com frio, doentes, aprisionados: “…todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25, 31-40).


“…A toda a criatura” – quer dizer, uma missão sem fronteiras, para além dos limites, uma Igreja verdadeiramente missionária. Como Paulo e os outros apóstolos, e muitos missionários, religiosos e religiosas, todos, como membros desse corpo, devemos contribuir para que a obra de evangelização prospere e se irradie.

Seja você também um Dizimista na nossa comunidade!



O dízimo


Dízimo é um ato de louvor e agradecimento a Deus, que se manifesta na comunidade, na qual somos chamados a partilhar.


“Aquele que semeia pouco, pouco ceifará, aquele que


semeia com generosidade, com generosidade ceifará.”(II cor 9,6).


Sou dízimista por que tenho consciência de minharesponsabilidade na comunidade.
“Não aparecerão diante do senhor com ás mãos vazias” (DT 16,16).


A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.

O dízimo e a semente

A SEMENTE: No mundo, somos um semeador. Não fujas da responsabilidade de semear. Não digas que trabalhar não é fácil, que o solo é duro, áspero, que chove pouco, que o sol queima, ou ainda que a semente não serve. Não é nossa função julgar o trabalho, a terra, o tempo, nossa missão é semear.

A SEMENTE ABUNDANTE: Um pensamento, um olhar, um sorriso, uma força de amor vinda do coração, um abraço, um copo d’água, um aperto de mão, um conselho, doação aos irmãos, o trabalho da comunidade, a caridade, a partilha; são sementes que germinam e se multiplicam rapidamente.

CUIDADO AO SEMEAR: Não semeeis descuidosamente, apenas para cumprir uma missão. Semeie com fé, amor, fidelidade, interesse, com atenção, com quem encontra nisso o motivo central do compromisso e felicidade!

A RECOMPENSA: E quando semeares, não pense: Quanto me dará? Quanto tempo demorará a colheita? Penses que não semeias para enriquecer, aguardando a multiplicação; semeias porque não pode ficar inativo, porque não podes viver sem se doar, porque não podes servir ao Reino de Deus, sem amar e partilhar com os irmãos!

A REFLEXÃO: És dono de ti mesmo, da vida e do universo! Tua semente, pois, não cairá no vazio. Sem esperar qualquer recompensa, receberás recompensa; sem sonhar em riquezas, enriquecerás; sem almejar colheitas, teus bens se multiplicarão. E tudo porque semeias num Reino onde perder a vida é encontra-lá, doando e servindo aumentará ricamente a fé, fidelidade e o amor.

TU ÉS UM SEMEADOR: Semeies sempre, em todo terreno, a todo instante, a boa semente com amor; com interesse, como se estivesse semeando seu próprio coração, seu próprio ser: “Um por todos, todos por um”. Lance sua semente e mesmo que seja pequena ou pouco, ela faz diferença e é muito importante nas obras do Reino. 

O DÍZIMO: Quando lançamos sua semente encontramos resistências e obstáculos na busca do partilhar nosso coração e os bens. Entretanto, à medida que se semeia, também se descobre seu sentido verdadeiro: O dizimo é uma promessa, um desafio, fonte de bênçãos e prosperidade (Mal 3,10-12). Associado a isso enraíza no coração do cristão a semente do desapego às coisas materiais e do apego as riquezas celestiais.

O LOUVOR: Nós te adoramos, nós te glorificamos, nosso Deus, nosso Criador e nosso Pai. Nós te louvamos porque reparte conosco teus bens e nos pede para semear os nossos. Nós te bendizemos pela tua Palavra, que hoje nos orienta a sermos fiéis à partilha pelo DIZIMO.

Nós te adoramos porque és nosso Deus e nos convida a construir contigo o Reino na Terra, neste semear. Que tu jamais deixes secar essa SEMENTE do nosso coração. Obrigado Senhor!

A SEMENTE PESSOAL PELA ORAÇÃO: Senhor, diante da sua presença quero oferecer sempre o meu dízimo. Agradeço-lhe pelas graças, pelo dom da vida, por aquilo que sou, que tenho e me destes. Agradeço também porque me ensinastes a ser um cristão que aprendeu amar a Igreja e os irmãos. Por isso, receba sempre Senhor minhas oferendas e que ela expresse o sinal de gratidão e obediência a Sua Palavra.

Que todo dizimo que oferecer a ti Senhor, brote da fé e venha de coração, cheio de amor, alegria, paz e justiça. Que seja um verdadeiro agradecimento e reconhecimento da sua bondade para mim. Um ato de amor, vontade, sentir, querer, servir e partilhar.

Por isso, ajudai-me a oferecê-lo com fidelidade e alegria. Que ele seja um louvor - uma oração agradável a ti Senhor e diante da dimensão e mistério da partilha, posso buscar a perseverança, realizando as obras do seu Reino. Abençoai e protegei a mim, os fiéis, os dizimistas, os leigos, os setores, as pequenas comunidades, nosso Pároco, os missionários e irmãs consagradas, as comunidades em geral, nossa Paróquia, nossa Diocese, as Dioceses, o Clero, os Bispos, o Papa, enfim a nossa Igreja.

Que eu seja sempre sinal e instrumento da fé, amor, unidade, comunhão, espiritualidade e partilha. Que seja eu digno das suas infinitas bênçãos. “Bênçãos, e bênçãos, além do necessário”, hoje e sempre. Amém!

A GRANDE SEMENTE: Este é o meu mandamento: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do aquele que dá a sua vida pelos seus irmãos” (Jo 15,12-23).

Devolver o dizimo com obediência se resume também nisso: “SERVIr, amOR e partilha” do ser, do tempo e dos bens. Assim disse Jesus - Convém lembrar: Aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará (Lc 6,38; II Cor 9,6). "

O dizimo é amor: um dom, uma vocação, uma missão a serviço de Deus, da Igreja e dos irmãos".


MENSAGEM DA PASTORAL DÍZIMO MÊS DEZEMBRO



De todos esses anos em que faço parte da Equipe Paroquial do Dízimo, sempre fico a pensar o que fazer para que os fiéis católicos possam conhecer o que é Dízimo, para que serve... Sempre em minhas reflexões digo que o Dízimo é bíblico, é orientação divina é Palavra de Deus, que nos orienta rumo ao seu reino. Pois cremos e confiamos em Deus Pai, e o ato de partilhar irá acabar o meu egoísmo porque devemos acreditar na vida cristã em comunidade.
Durante esse tempo, inúmeros foram os testemunhos de pessoas que se tornaram dizimistas e viram as bênçãos de fartura acontecer em suas vidas, através da prática da partilha, essas pessoas enxergaram que a comunidade precisava crescer e que a nossa Igreja precisava testemunhar o Evangelho de Jesus de forma eficaz. Foi assumido um compromisso de amor, fé e obediência com a sua igreja.
Acompanho também de perto a administração da paróquia e vejo que não é fácil administrar toda essa estrutura, isso só é possível devido a entrega mensal dos irmãos dizimistas, graças a Deus temos vocês paroquianos que compreenderam a sua missão enquanto batizados e entregam o seu dízimo por amor a Deus e ao próximo, reconhecendo que tudo que somos e temos recebemos de Deus.
Passados todos esses anos de sua implantação, a Pastoral do Dízimo de nossa paróquia vem dando sustentação ao nosso trabalho pastoral, mas é preciso irmãos e irmãs, fortalecer cada vez mais essa prática, aos que já são dizimistas está na hora de ver se a sua entrega é justa e os que ainda não são convido a experimentar essa prática não porque a igreja precisa, mas em obediência a Palavra de Deus.
Deixo a todos essa mensagem de natal a todos dizimistas e missionarios de nossa paroquia Nossa Senhora de Lourdes e São Judas Tadeu.
Natal é a presença de Jesus em nossos corações, não só representa a fé, mas a vida, O nascimento do Filho de Deus! A consciência de família, amor, paz, felicidade! Que o sentido do Natal esteja sempre presente em nosso dia a dia e que a esperança seja um objetivo concretizado… Que a luz do Menino Jesus percorra cada lar trazendo alegria aos nossos corações. Que a fraternidade universal seja nossa meta e que haja somente amor em meio a tempos difíceis, assim encontraremos a paz tão almejada! O Natal do amor é a fé e esperança renascida nos olhos de uma criança! È o que desejamos todos um Feliz Natal!







MENSAGEM PASTORAL DÍZIMO NOVEMBRO DE 2012


O SANTO PROTETOR DOS DIZIMISTAS

Força DizimoMeu irmão e minha irmã dizimista, você já deve ter feito este questionamento: qual é o Santo, a Santa, protetor, protetora dos dizimistas? Digo a você sem peso de consciência, todos. O Dizimista pode dizer que tem a proteção de todos os santos. Os que entregaram para Deus, foi mais do que 10% de dinheiro, foi 100% de suas vidas. E você, o que pensa?
Os Santos foram pessoas iguais a nós, que viveram o Evangelho na prática, deixando um testemunho de vida para todas as pessoas que aceitam Jesus Cristo como Senhor de suas vidas. Um patrimônio que só a Igreja católica tem.
Embora vivendo em épocas diferentes, em culturas diferentes, sem os meios de transporte e comunicação de hoje, nossos santos são conhecidos e reconhecidos pelo que fizeram em defesa da vida. Podemos aqui citar inclusive alguns nomes de pessoas que viveram e nos passaram o jeito de viver a Santidade, mesmo não sendo reconhecidos como santos: Irmã Doroth, Dom Luciano Mendes , Irmã Dulce, Madre Teresa de Calcutá, etc. Eles deram a vida pelos outros.
Nós reconhecemos os valores de nossos santos, mas não os adoramos. Só Deus é digno de nossa adoração.
Demorou muito para que o Brasil tivesse um santo nascido aqui. A canonização de Frei Galvão pelo papa Bento XVI, tornou a Igreja Católica mais rica e vigorosa. Foi o primeiro, outros estão a caminho. A beatificação de Irmã Dulce, pode dar ao Brasil a primeira santa nascida aqui.
Se alguém perguntar se um dizimista fiel pode se tornar santo, a resposta é: ajuda, mas é pouco. Para alcançar a santidade, temos que começar entregando 100% de nossas vidas a Deus. “Dá tudo, que Deus te dá”.


Leia: Marcos 10,17-30


Tendo ele saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: "Bom Mestre, que farei para alcançara vida eterna?"
Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Só Deus é bom.
Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe."
Ele respondeu-lhe: "Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha mocidade."
Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.
Ele entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens.
E, olhando Jesus em derredor, disse a seus discípulos: "Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os ricos!"
Os discípulos ficaram assombrados com suas palavras. Mas Jesus replicou: "Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas!
É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus."
Eles ainda mais se admiravam, dizendo a si próprios: "Quem pode então salvar-se?"
Olhando Jesus para eles, disse: "Aos homens isto é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível.
Pedro começou a dizer-lhe: "Eis que deixamos tudo e te seguimos."
Respondeu-lhe Jesus. "Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho
que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna.
Muitos dos primeiros serão os últimos, e dos últimos serão os primeiros."


Mensagem de Setembro, Dizimo & Ofertas
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.” Ml 3.10. Na Lei de Deus, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte das crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divinas (ver Lv 27.30-32; Nm 18.21,26; Dt 14.22-29; ver Lv 27.30).
O dízimo era usado primariamente para cobrir as despesas do culto e o sustento dos sacerdotes. Deus considerava o seu povo responsável pelo manejo dos recursos que Ele lhes dera na terra prometida (cf. Mt 25.15 nota; Lc 19.13).No âmago do dízimo, achava-se a idéia de que Deus é o dono de tudo (Ex 19.5; Sl 24.1; 50.10-12; Ag 2.8). Os seres humanos foram criados por Ele, e a Ele devem o fôlego de vida (Gn 1.26,27; At 17.28). Sendo assim, ninguém possui nada que não haja recebido originalmente do Senhor (Jó 1.21; Jo 3.27; 1Co 4.7).
Nas leis sobre o dízimo, Deus estava simplesmente ordenando que os seus lhe devolvessem parte daquilo que Ele já lhes tinha dado. Além dos dízimos, os israelitas eram instruídos a trazer numerosas oferendas ao Senhor, principalmente na forma de sacrifícios. Levítico descreve várias oferendas rituais: o holocausto (Lv 1; 6.8-13), a oferta de manjares (Lv 2; 6.14-23), a oferta pacífica (Lv 3; 7.11-21), a oferta pelo pecado (Lv 4.1—5.13; 6.24-30), e a oferta pela culpa (Lv 5.14—6.7; 7.1-10). O Cristão consciente deve devolver o dizimo a Deus com generosidade e fidelidade.


O que é Dízimo?
Conversaremos sobre o dízimo, sua importância na vida da Igreja e de cada fiel. O dízimo é uma contribuição voluntária, regular, periódica e proporcional aos rendimentos recebidos, que todo batizado deve assumir como obrigação pessoal - mas também como direito - em relação à manutenção da vida da Igreja local onde vive sua fé. O dízimo é uma forma concreta de manifestar a fé em Deus providente, um modo de viver a esperança em seu Reino de vida e justiça, um jeito de praticar a caridade na vida em comunidade. É ato de fé, de esperança e de caridade. Pelo dízimo, podemos viver essas três importantes virtudes cristãs, chamadas de virtudesteologais, porque nos aproximam diretamente de Deus. O dízimo é compromisso de cada cristão. É uma forma de devolver a Deus, num ato de agradecimento, uma parte daquilo que se recebe. Representa a aceitação consciente do dom de Deus e a disposição fiel de colaborar com seu projeto de felicidade para todos. Dízimo é agradecimento e partilha, já que tudo o que temos e recebemos vem de Deus e pertence a Deus.
Que passagens da Bíblia nos falam do Dízimo? São muitíssimas. Por sua Palavra, Deus nos convida: a confiar nele, que é o único Senhor de tudo; a ser-lhe agradecidos, porque ele é a fonte de todo bem; a colaborar com ele na instauração de uma nova sociedade, em que haja partilha e comunhão de bens, e em que não haja necessitados. Nos textos que seguem, podemos conferir essa divina proposta. A título de exemplo, citamos apenas algumas passagens bíblicas. Veremos, primeiro, que os patriarcas de Israel sabiam reconhecer os dons de Deus e lhe eram agradecidos, oferecendo-lhe a décima parte de tudo o que possuíam: “Abraão deu ao Senhor a décima parte de tudo” (Gen. 14,20). Jacó disse: “Eu te darei a décima parte de tudo o que me deres” (Gen. 28,22). Através do profeta Malaquias, Javé reclama do povo a oferta do dízimo, e lhe faz a ousada proposta de fazer a experiência do dízimo, como sinal de confiança nas graças que somente ele, Javé, pode dar. Diz Javé: “Vocês perguntam: Em que te enganamos?¹ No dízimo e na contribuição. Vocês estão ameaçados de maldição, e mesmo assim estão me enganando, vocês e a nação inteira! Tragam o dízimo completo para o cofre do Templo, para que haja alimento em meu Templo. Façam essa experiência comigo. Vocês hão de ver, então, que abrirei as comportas do céu, e derramarei sobre vocês as minhas bênçãos de fartura” (MI 3,8-10).
Quanto se deve oferecer de dízimo? Deve-se ofertar a Deus o que mandar o nosso coração e o que a nossa consciência falar. O Apóstolo Paulo assim escreve: Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria (2 Cor 9,7). Os israelitas davam dez por cento do que colhiam da terra e do trabalho. Daí vem a palavra dízimo, que significa décima parte, dez por cento daquilo que se ganha. Veja como Deus é bom. Ele lhe dá tudo. Deixa nove partes para você fazer o que precisar e quiser, e pede retorno de somente uma parte. Assim, todos somos convidados a ofertar de fato a décima parte. Mas é importante perceber o seguinte: dízimo não é esmola, nem sobra, nem migalha, pois Deus de nada precisa. Ele quer nossa gratidão. Ele quer que demos com alegria e reconhecimento e liberdade. O que se dá com alegria faz bem àquele que dá e àquele que recebe.
Deus quer que ofertemos o dízimo com alegria e liberdade. Embora a palavra dízimo tenha o significado de décima parte, ou dez por cento, cada pessoa deve livremente definir, segundo os impulsos de seu coração, sem tristeza e nem constrangimento, qual seja o percentual de seus ganhos que deve destinar ao dízimo a ser entregue para a sua comunidade. No entanto, a experiência tem comprovado que aqueles que, num passo de confiança nas promessas divinas, optaram pelo dízimo integral, isto é, pela oferta de 10% de tudo que ganham, não se arrependeram de tê-lo feito e nem sentiram falta em seus orçamentos. Ao contrário, sentem-se mais abençoados que antes, quando suas contribuições eram proporcionalmente menores. Há muitos dizimistas que dão este testemunho: quanto mais se oferece de dízimo, mais se ganha. Pois, o dízimo é um ato de fé em Deus, que não deixa na mão os que nele confiam. De qualquer modo, cada dizimista deve sentir-se livre diante de Deus para fixar o percentual de sua contribuição. O dizimista não deve preocupar-se com o que sai de seu bolso (se muito ou pouco dinheiro), mas o que sai de seu coração (se pouco ou muito amor a Deus e à comunidade).
O dízimo deve ser mensal, bimestral ou anual? Em princípio, o dízimo deve ser oferecido cada vez que se recebe algo: o salário, uma doação ou o resultado de uma venda importante. De modo geral e prático, podemos dizer que a oferta do dízimo deve ser mensal. Assim como você recebe seu salário todo mês, assim também mensalmente deveria fazer sua oferta do dízimo. Por isso, é necessário educar-se para fazer mensalmente a oferta do dízimo. Se o católico, que recebe mensalmente o seu salário, não se educar para o dízimo mensal, ele irá dar, uma ou outra vez, aquilo que sobrar. E isso não é dízimo, mesmo que seja uma grande quantia. Se desse mensalmente apenas 1%, mas com alegria e consciência, seria melhor. Sendo uma contribuição regular e periódica, e proporcional ao ganho de cada dizimista, o dízimo deve ser entregue na comunidade com a mesma regularidade com que acontece o recebimento de seus ganhos. A contribuição mensal de cada dizimista favorece também a organização da Pastoral do Dízimo, na comunidade, na paróquia e na diocese. Sabendo quanto recebe mensalmente de dízimo, a Igreja pode fazer seus orçamentos e previsões, bem como pode prestar contas regulares ao povo.
Por que, para algumas pessoas, é tão difícil oferecer o Dízimo? Vivemos numa sociedade em que o dinheiro e o lucro ocupam o lugar de Deus e das pessoas. Jesus Cristo nos adverte que é impossível servir a dois senhores, adorando ao mesmo tempo a Deus e ao Dinheiro (Lc 16,13). Mesmo assim, há cristãos que seguem a proposta do mundo. A sociedade materialista e consumista em que vivemos nos ensina a reter, concentrar, possuir, ter, ganhar, consumir, acumular. Somos incentivados a ter corações egoístas e fechados. O Evangelho, ao contrário, nos ensina que só quem é generoso e não tem medo de repartir o que possui está, de fato, aberto para acolher os benefícios de Deus. São dois projetos bem diferentes: a sociedade consumista e egoísta ou o Reino da partilha e da justiça. É preciso fazer uma escolha entre o Reino de Deus e o reino do dinheiro.
O que o dízimo tem a ver com Deus? O povo de Israel foi o primeiro povo da história humana a acreditar em um só Deus, que governa todo o Universo. Foi também, o primeiro povo a acreditar que, se o homem vive, é por vontade e querer desse Deus, que criou o ser humano “à sua imagem e semelhança”. Por esse motivo passou a fazer parte da vida desse povo a retribuição, o agradecimento. Todo judeu oferecia a décima parte de seus bens, como retribuição dos bens recebidos de Deus. Como nós, cristãos, temos nossas raízes nesse povo judeu, herdamos dele certas formas de homenagear o nosso Deus, que acreditamos ser o Pai de todas as pessoas. O dízimo é uma das mais antigas formas de agradecimento do ser humano a Deus. Não podemos deixar de reconhecer que, com o passar do tempo, tais formas de retribuição foram deturpadas. O dízimo, que inicialmente era uma necessidade de o ser humano manter sua solidariedade com seus irmãos e irmãs, através da Igreja, passou a ser uma obrigação imposta pela Igreja dos tempos antigos, perdendo o verdadeiro sentido que tinha no princípio.
ANTES DE MEXER COM O BOLSO, O DÍZIMO TOCA O CORAÇÃO.
Atualmente, a Igreja pretende redescobrir seu verdadeiro sentido para que nós cristãos possamos entender melhor o porquê do dízimo. Ele não é invenção humana e sim um dos mandamentos bíblicos e um excelente meio de vivermos as três grandes virtudes chamadas teologais. As virtudes teologais são chamadas assim, porque nos põem em relação direta com Deus ou porque nos levam a fazer o que faz o próprio Deus. São elas: a fé, a esperança e a caridade. Como sabemos, a Igreja é formada por pessoas que devem unir-se em comunidade. Emoutras palavras, cada membro da Igreja é e deve sentir-se responsável pelos outros que formam a Igreja. Deus é Pai de todos e quer a plena realização de todos. Ora, ninguém pode chegar a essa realização sozinho. Por isso o sentido do dízimo é hoje riquíssimo, pois é um dos meios pelos quais cada cristão demonstra sua responsabilidade para manter a Igreja a que pertence, seja a Igreja-Templo, como também a Igreja-Povo.
Que relação existe entre dízimo e dinheiro? Se o dízimo fosse apenas uma campanha financeira, com vistas a arrecadar dinheiro, não teria sentido e nem deveria existir. Por intermédio do dízimo, o cristão reconhece que deve retribuir a Deus uma parte dos bens que recebeu do próprio Deus. Dízimo é ato de gratidão a Deus. Dízimo é ato de caridade e partilha para com a Igreja. Não é taxa nem imposto que se deva pagar à Igreja, pois a Igreja não é um clube de prestação de serviços. Dízimo não é pagamento de sacramentos ou de serviços prestados pela Igreja ou pelo padre. Dízimo não se paga, se oferece. Não se cobra, se recebe. Antes de mexer com o bolso, o dízimo toca o coração. Antes de tudo, o dízimo é a manifestação da corresponsabilidade de cada um para com a comunidade cristã, da qual faz parte. Quando alguém devolve o dízimo, põe em prática a Palavra de Deus que diz: “Ofertai o dízimo” (Malaquias 3,10). Portanto, ele deve ser feito não como uma obrigação imposta, mas sim como reconhecimento de que vem de Deus tudo o que se tem e se possui. Todas as coisas pertencem a Deus, mesmo que estejam em poder de determinada pessoa. Essa atitude deve levar cada um de nós àconscienti-zação de que fazemos parte de uma comunidade pela qual cada um de nós é responsável. Oferecer o dízimo não quer dizer isentar-se de outras responsabilidades para com a comunidade. Pelo contrário, deve ser o início de uma nova relação do fiel com sua Igreja, principalmente com a comunidade onde vive.
Onde devo entregar o Dízimo? Diz o livro do Deuteronômio: “Então, ao lugar que o Senhor, vosso Deus, escolheu para estabelecer nele o seu nome, ali levareis todas as coisas que vos ordeno: vossos holocaustos, vossos sacrifícios, vossos dízimos, vossas primícias e todas as ofertas escolhidas que tiverdes prometido por voto ao Senhor” (Dt 12,11s). O dízimo pertence a Deus e é no templo que deve ser entregue, ou seja, na paróquia onde vivemos regularmente nossa fé. Levar um auxílio a um pobre, fazer um donativo a uma instituição beneficente, colaborar com campanhas de solidariedade, contribuir com movimentos de Igreja e/ou movimentos sociais... tudoisso são obras muito boas e agradáveis a Deus. Mas essas doações não substituem o dízimo e não nos isentam do nosso dízimo mensal, ofertado à paróquia onde recebemos a Palavra e os Sacramentos da salvação. Portanto, o dízimo deve ser levado à igreja. Pode ser entregue na secretaria paroquial, ou numa caixa de recebimento do dízimo que há na igreja, ou ser entregue a alguém da Pastoral do Dízimo ao final das missas e celebrações. Embora haja, em algumas paróquias, o costume de alguns fiéis saírem pelas ruas para receberem o dízimo das famílias, o ideal seria que cada fiel viesse à igreja trazer o seu dízimo. Os membros da Pastoral do Dízimo podem / devem ir de casa em casa para: levar alguma mensagem da paróquia, entregar o Jornal da Arquidiocese, lembrar o compromisso com o dízimo, entregar o relatório mensal da prestação de contas, etc. Mas, cada um deveria oferecer livre e alegremente o seu dízimo na comunidade onde vive sua fé.
Que efeitos a oferta do dízimo produz na pessoa? O dízimo é como a semente. Lançado em terreno fértil, germina e cresce, e, com o tempo, produz frutos bons e abundantes. Com a evangelização paroquial do dízimo, observa-se que cresce, no coração dodizimista e na comunidade participativa, o espírito de fraternidade e de amor ao próximo. Traços de caridade, generosidade e partilha, se evidenciam a cada dia. Percebe-se que as pessoas, ao fazerem a experiência do dízimo, vivenciam, em suas casas e em diferentes ambientes, o fato de que nada lhes falta, principalmente o necessário para sua sobrevivência. Essas pessoas perceberam o sentido e objetivo do dízimo. Descobriram que o dízimo é um ato de louvor. É um agradecimento a Deus, por tudo o que somos e temos. O dízimo é um compromisso com Deus, com a Igreja e com os pobres. O dizimista é alguém que aprendeu a repartir. Seu dízimo é uma partilha dos bens de Deus, do que se tem e não do que sobra. Por isso, o dízimo deve vir, como diz a Bíblia, das nossas primícias, isto é, de nossos “primeiros frutos”. Deus não precisa de nossas coisas e do nosso dinheiro, mas quer nos educar à generosidade e à partilha. O dízimo nos leva a imitar Deus na generosidade: educa-nos para a vida de comunidade. O dízimo é um ato de fé em Deus e confiança na comunidade. “Quem semeia com largueza, com largueza colhe” (2 Cor 9,6). Se você já fez a experiência do dízimo: Parabéns! Persevere sempre... Se ainda não é dizimista: Não tenha medo. Faça a experiência e verá a promessa de Deus se cumprir na sua vida (Malaquias 3,10-12). Ao final de tudo, você é quem vai sair ganhando!
Para quê o dízimo, se as festas dão mais dinheiro? As festas dão dinheiro pra quem? Para as distribuidoras de bebidas, para os camelôs, para os supermercados que as abastecem. Uma pergunta se faz necessária! Nossas festas de Igreja são evangelizadoras? Há um descontentamento generalizado no interior de nossas comunidades quanto às festas: exigem muita preparação; provocam cansaço e estresse; às vezes criam divisões e fofocas na comunidade; roubam o tempo que poderia ser usado na catequese, na oração, na evangelização, na formação de novos ministros, nos grupos de reflexão; facilitam o consumo de drogas, o exagero em bebidas e os namoros irresponsáveis; favorecem a prática de desvio de dinheiro; desagradam os vizinhos por causa do barulho. Muitas vezes, a condição de realizá-las passa por relações indecentes da Igreja com empresas comerciais e poderes públicos: vantagens, desvios de recursos públicos, doações interesseiras. Relações em que a Igreja se vende ao mercado e ao poder.
“QUEM SAI GANHANDO, NA OFERTA DO DÍZIMO, É O PRÓPRIO DIZIMISTA!”
Além disso, as festas distorcem o sentido bíblico de festa e disseminam a idéia de que a Igreja é uma empresa de fazer dinheiro. Atrapalham as relações ecumênicas, uma vez que os membros de outras igrejas cristãs nos vêem como adoradores do deus-dinheiro e promotores de vícios. Fazer festa é um ato profundamente bíblico e cristão. Mas não para fazer dinheiro, nem para facilitar os vícios. As festas dos israelitas e dos primeiros cristãos eram ocasião de celebrar a vida, a fé e a organização do povo. Eram marcadas pelo espírito da alegria e da partilha. Não se pode nem se deve acabar de vez com as festas. Mas, com o incentivo da Pastoral do Dízimo e o aumento do dízimo dos fiéis, será possível diminuir drasticamente o número delas e a preocupação que nos causam. Mais que tudo isso, é importante considerar que o dízimo é um mandamento bíblico e, por isso, favorece grandemente a experiência de fé em Deus e de partilha com os irmãos.
Qual o objetivo da Equipe de Pastoral do Dízimo? Embora a conseqüência natural da implantação do dízimo seja um crescimento na arrecadação paroquial, o objetivo da organização da Pastoral do Dízimo nunca deveria ter essa conotação de resolver o problema de caixa da paróquia. Toda paróquia tem, com efeito, outras fontes de renda, que não são o dízimo: festas, eventos promocionais, aluguéis, doações, etc. Mas, a principal fonte de renda deve ser o dízimo. Na verdade, para sermos fiéis à Bíblia, a única fonte deveria ser o dízimo. Conseguir recursos para a evangelização, eis o carisma da Equipe de Pastoral do Dízimo! Se o dízimo fosse bem organizado, não se despenderia tanta energia, cansaços e tensões (quando não até divisões) com outras preocupações. Mas, para que haja uma boa organização do dízimo, é necessária muita evangelização. A Equipe de Pastoral do Dízimo tem esta missão: conscientizar todos os paroquianos sobre sua responsabilidade para com a comunidade paroquial onde vive e da qual faz parte. Neste sentido, importante trabalho deve ser feito exatamente junto às lideranças das pastorais, movimentos e grupos. Mais do que fazer dinheiro e aumentar a renda da paróquia, o objetivo primeiro da Equipe de Pastoral do Dízimo é: a) conscientizar os fiéis sobre a dimensão bíblica, teológica e espiritual do dízimo; b) mostrar que o dízimo é um ato de fé, de esperança e de caridade; c) testemunhar a alegria de uma vida agradecida a Deus, através da oferta mensal do dízimo.
Qual é a importância da Pastoral do Dízimo para a Paróquia? Para que aconteça uma Pastoral de Conjunto dinâmica e atuante, é necessário que todos contribuam. A participação não é meramente financeira, mas implica também na doação pessoal de talentos e do próprio tempo à comunidade. A Equipe da Pastoral do Dízimo tem, preponderantemente, o papel de conscientizar cada participante da comunidade sobre sua responsabilidade em contribuir em todos os sentidos para com essa mesma comunidade e toda a Igreja. Caberá à Equipe de Pastoral do Dízimo prover a comunidade com os recursos materiais necessários a toda a obra evangelizadora. Todo mundo sabe que sem dinheiro não se faz nada. Para qualquer tipo de evangelização, é preciso contar não somente com pessoas e sua boa vontade, mas também com dinheiro. É preciso investir na formação de lideranças, na catequese das crianças, adolescentes e jovens, em viagens e hospedagens para cursos e estudos, no pagamento de salário justo aos padres e outros agentes de pastoral, nos materiais para a celebração. Tudo isso, e muito mais, deve ser bancado pela comunidade. A Igreja não vive de subsídios do governo, nem de coletas feitas entre as grandes empresas, nem das doações dos ricos. A Igreja vive da gratuidade de seus fiéis. Quanto mais a comunidade puder contar com recursos financeiros, mais ela poderá aplicar na obra evangelizadora. Conseguir esses recursos, eis o carisma de quem participa da Equipe de Pastoral do Dízimo!
Quais as tarefas próprias da Equipe da Pastoral do Dízimo? O papel primordial da Equipe de Pastoral do Dízimo é o de serconscientizadora. A ela cabe lembrar sempre aos fiéis o compromisso do dízimo como questão de fé e de confiança na Divina Providência. Mas há tarefas a serem executadas. Tarefas de cadastro de dizimistas, arrecadação do dízimo ao final das missas, redação e remessa de correspondências diversas aos dizimistas, confecção de cartazes, visitas, participações eventuais nas celebrações comemorativas do dízimo e muitas outras circunstâncias que podem surgir. Não se pode esquecer de um fator muito importante: a prestação regular e periódica de contas, das arrecadações e gastos ocorridos.
Quem pode ser membro da Equipe da Pastoral do Dízimo? Pelo tipo de tarefas mencionadas, parece que somente deveriam membros desta Pastoral os executivos, advogados, contadores, secretárias e profissionais administrativos. Se considerarmos apenas as tarefas de cadastro e organização, é provável que fosse assim, mas lembremo-nos que a principal função da Equipe da Pastoral do Dízimo é a de ser conscientizadora da necessidade de todos serem dizimistas. Qualquer pessoa que tenha boa vontade e que saiba evangelizar (e isso é tarefa de todo cristão!) pode ser membro da Equipe de Pastoral do Dízimo! Não se pode esquecer que a Igreja não é uma empresa, um clube de serviços, uma organização qualquer. Ela é a comunidade dos servidores de Deus, dos seguidores de Cristo, dos instrumentos do Espírito Santo. Mais que a nossa tarefa, conta a graça de Deus! Por isso, toda pessoa que participa regularmente da comunidade pode ser membro da Equipe Paroquial da Pastoral do Dízimo. A condição essencial para ser membro da Equipe Paroquial é a de ser um dizimista consciente, o que implica em freqüência e participação assíduas, independente de status social, intelectual ou profissional.
Devemos fazer a nossa parte: a conscientização. E deixar que Deus opere no coração na pessoa
Em si, não é necessário que a Equipe da Pastoral do Dízimo seja formada pelos mesmos membros da CAEP (Comissão de Assuntos Econômicos da Paróquia). Outras pessoas podem participar da Equipe da Pastoral do Dízimo, que tem dinâmica e organização próprias. Mas, é importante uma relação mútua entre ambas. Pois, o dinheiro que entra através das ofertas do Dízimo é administrado pela CAEP. Esta deverá prestar contas das entradas e saídas da economia da paróquia ou da comunidade. Só assim, a Equipe de Pastoral do Dízimo poderá se apresentar com transparência e liberdade diante dos dizimistas, para fazer-lhes a proposta evangélica do Dízimo.
A Equipe de Pastoral do Dízimo deve insistir para uma pessoa ser dizimista? Não se deve insistir no sentido de pegar no pé. Deve-se, porém evangelizá-la. O que devemos fazer é mostrar para a pessoa as vantagens e deixá-la livre. Devemos ser rigorosos conosco mesmos no sentido de sermos fiéis ao nosso Dízimo, de testemunharmos a graça de poder oferecê-lo mensalmente, e de nos engajarmos na conscientização dos irmãos sobre o dízimo. Oferecer a todos o máximo de informações e testemunhos. Depois disso, deixar que Deus opere no coração na pessoa. Devemos fazer a nossa parte: a conscientização.
Qual o objetivo da Equipe de Pastoral do Dízimo? Muitas vezes a pessoa faz a opção pelo dízimo levada pela emoção do momento. Passada a emoção, não se sente mais motivada a contribuir. Por isso é importante uma conscientização que atinja o coração e a razão. Uma pessoa conscientizada dificilmente interrompe sua contribuição; ao contrário, a aumentará. A conscientização deve levar odizimista a uma decisão pessoal, espontânea, brotada do coração, a partir de uma experiência de fé na Divina Providência e de gratidão a Deus, Criador e Senhor de todas as coisas.
O bom dizimista não se preocupa com o dinheiro que sai do bolso, mas com o amor que sai de seu coração.
Cobrança em casa?
Dízimo não se paga, se oferece; não se cobra, se recebe. Por fidelidade à Bíblia, deve-se orientar para que o dizimista entregue seu dízimo na comunidade. O povo de Deus na Bíblia, seja no Antigo, seja no Novo Testamento, ia ao Templo fazer a oferta de seu dízimo. Se odizimista participa da comunidade, não há razão de alguém ir até sua casa para receber o dízimo. Mas, é bom que a equipe visite as casas para divulgar o dízimo, para orientar as famílias a participarem da comunidade e se tornarem dizimistas. Através deste trabalho missionário, a equipe atrai as famílias para a comunidade. Mais importante que ofertar o dízimo, é participar da vida da comunidade. O dízimo é conseqüência de uma opção por Deus, pelo Evangelho, pelo Reino, pela Igreja. Sem a vida da fé em Deus e da união com a comunidade, o dízimo se torna um peso, uma obrigação. Em vez de cobrar, cabe à Equipe de Pastoral do Dízimo receber o dízimo dos fiéis. Para isso, deve prever todos os meios possíveis: ou na secretaria paroquial; ou numa caixa coletora do dízimo; ou marcando presença no início e final das missas e celebrações. Quem atua na Equipe de Pastoral do Dízimo não deve preocupar-se em atingir o bolso dos fiéis, mas o coração deles. De sua parte, o dizimista não deve preocupar-se com o que sai de seu bolso (se muito ou pouco), mas o que sai de seu coração (se pouco ou muito amor a Deus e à comunidade). O problema não está no bolso, mas no coração.
E quando o dizimista atrasa? A Equipe de Pastoral do Dízimo deve preparar uma mensagem especial para todos os dizimistas em atraso, lembrando-lhes o compromisso que assumiram na comunidade. Deve ser uma mensagem de lembrança e orientação, nunca de cobrança. O melhor mesmo é fazer uma visita para saber o que aconteceu. A Equipe de Pastoral do Dízimo deve prever algumas maneiras de lembrar o dizimista de seu compromisso com Deus e a Igreja. Alguns exemplos:
  • a) Enviar-lhe mensalmente (ou semestralmente, pelo menos) pelo Correio, ou entregar-lhe em casa, um relatório da prestação de contas da economia da paróquia ou comunidade;
  • b) Enviar-lhe pelo Correio mensagem pelo aniversário natalício e de casamento;
  • c) Enviar-lhe pelo Correio mensagem de Natal e de Páscoa;
  • d) Enviar-lhe pelo Correio, ou entregar-lhe em casa, o jornal ou boletim da paróquia e/ou da diocese (o Jornal da Arquidiocese é entregue pela equipe do Dízimo em muitas paróquias);
  • e) Enviar-lhe pelo Correio, ou entregar-lhe em casa, o carnê, no início de cada ano;
  • f) Animar mensalmente a Missa do Dizimista, oferecendo-a na intenção de todos os dizimistas, lendo, na oração dos fiéis, o nome dosdizimistas aniversariantes do mês (nascimento e casamento), entregando uma breve mensagem ao povo, entoando alguns cantos sobre o tema. (...)
  • g) Enfim, buscar meios criativos de manter o dizimista atento e consciente            
    • de seu compromisso.
Deve ser feita cobrança do dízimo em casa? Se quisermos ser fiéis ao projeto de Deus, em sua revelação sobre o dízimo, deveríamos orientar o dizimista para que entregue seu dízimo na comunidade. Se o dizimista participa da comunidade, não há razão de alguém ir até sua casa para receber o dízimo. Mas, é bom que a equipe visite as casas para divulgar o dízimo, para orientar as famílias a participarem da comunidade e se tornarem dizimistas. Através deste trabalho missionário a equipe atrai as famílias para a comunidade A Equipe de Pastoral do Dízimo deve prever os meios para receber o dízimo dos fiéis:
a) ou na secretaria paroquial; b) ou numa caixa coletora do dízimo, colocada em local visível próximo à entrada da igreja;
  • c) ou marcando presença no início e final das missas e celebrações.
Não fica ainda a impressão de que a Pastoral do Dízimo seja na verdade uma forma de resolver o problema da falta crônica de dinheiro nas Paróquias? Não. A falta crônica de dinheiro nas paróquias é conseqüência da ausência de uma sólida e segura Pastoral do Dízimo. A causa da falta de dinheiro é o egoísmo das pessoas, é a mentalidade consumista edinheirista de nossa sociedade, é, enfim, a falta de conscientização da responsabilidade de todo batizado em participar e cooperar para sustentar a vida de sua comunidade de fé. O problema não está no bolso, mas no coração. Quem atua na Pastoral do Dízimo não deve preocupar-se em atingir o bolso dos fiéis, mas o coração deles. Também o dizimista não deve preocupar-se com o que sai de seu bolso (se sai muito ou pouco), mas o que sai de seu coração (se sai pouco ou muito amor a Deus e à comunidade).
“Dízimo não se paga, se oferece. Dízimo não se cobra, se recebe.”
O dízimo não é uma questão de dinheiro, de falta ou sobra de dinheiro. O dízimo é uma questão de fé. Se a Pastoral do Dízimo realizar sua missão, não como meio de angariar dinheiro, mas como evangelização, o povo começa a entender. Nosso povo tem coração aberto, tem um grande amor a Deus e à Igreja, tem desejo de participar. Mas, não admite ser enganado. Por isso, é também importante a prestação de contas, com transparência e constância.
Qual a palavra certa – Pagar ou oferecer o Dízimo? Cobrar ou receber o Dízimo? Por tudo o que se viu até aqui, percebe-se que o dízimo é um ato de liberdade. Embora a Palavra de Deus na Bíblia o apresente como mandamento e obrigação, e até mesmo use o verbo “pagar”, é importante lembrar que Deus nunca obriga ninguém. De fato, o dízimo é uma obrigação. Mas uma obrigação que brota do coração agradecido. Por isso, é muito importante mudarmos também nossa maneira de nos referirmos ao dízimo. Se ele não é nem taxa nem imposto, ele não deve ser nem pago nem cobrado. Se o dízimo é uma oferta agradecida, a devolução de uma parte recebida, um ato livre de fé, esperança e caridade, então ele é oferecido pelo fiel e recebido pela comunidade. É muito importante que a Equipe de Pastoral do Dízimo comece a mudar o jeito de falar do dízimo. Dízimo não se paga, se oferece. Dízimo não se cobra, se recebe. Dízimo não é taxa, nem imposto, nem esmola. Dízimo é devolução, é gratidão, é ato de amor a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs.
Deve-se cobrar dez por cento de cada dizimista? Não se deve cobrar nada de ninguém. O dízimo deve nascer do coração. É verdade que a Bíblia fala em dízimo, que quer dizer exatamente dez por cento. Mas, a Palavra de Deus não deve ser peso para ninguém. Deve-se apenas anunciar a Palavra salvadora do Senhor e convidar as pessoas a praticá-la, sem terem medo de se entregar totalmente à vontade de Deus e de acreditar no seu projeto libertador. Fica na consciência das pessoas darem o dízimo que puderem. Mesmo que não seja exatamente dez por cento, deverá ser chamado de dízimo, porque é a oferta que tal ou qual fiel quer e pode oferecer.
Como explicar às pessoas que o dízimo não é dinheiro para o bolso do padre? A única maneira de fazer calar alguns preconceitos que se espalharam no meio do povo é apresentar fielmente a prestação de contas do dízimo. É preciso que o povo saiba para onde vai o seu dízimo. Que ele participe das decisões quanto aos gastos, que veja as reformas da igreja, da casa e do salão paroquial, que participe de inaugurações, que controle as entradas e saídas das contas paroquiais. Quanto ao dinheiro para o padre, é preciso esclarecer que o pároco e outros padres que atuam na paróquia recebem seu salário mensal, que é, evidentemente, retirado do dízimo. Nesse sentido, é bom lembrar o texto de 1 Cor 9,4-14, onde se fala da justiça e da dignidade do salário para quem trabalha na evangelização.
Pode-se aceitar outros bens em lugar do dinheiro? Não se deve cobrar nada de ninguém. O dízimo deve nascer do coração. Sim, desde que se trate do dízimo mensal que o fiel quiser e puder oferecer. Isso pode acontecer sobretudo em áreas agrícolas, onde os agricultores nem sempre têm dinheiro à mão, porque dependem das vendas de cada safra. É preciso considerar, contudo, que esse tipo de oferta complica bastante o trabalho da Equipe de Pastoral do Dízimo. Pois, pode acontecer que os produtos oferecidos em espécie (alimentos, por ex.) não tenham utilidade imediata, correndo o risco de se perderem. Por isso, é aconselhável insistir que o dízimo seja oferecido em dinheiro, pois assim sua aplicação é mais facilitada.
Como explicar que parte do dízimo vai para a Diocese? Deve-se entender que a Igreja é uma comunhão de pessoas reunidas em pequenas comunidades e que estas comunidades formam uma rede, que é a paróquia, e que as paróquias formam a diocese, e que as dioceses todas juntas formam a Igreja de Cristo espalhada por todo o mundo. Quem sustenta a paróquia são as comunidades. Quem sustenta a diocese são as paróquias. O ideal seria que o dízimo fosse repassado adiante. Assim como os fiéis mantêm as comunidades com seu dízimo, estas deveriam repassar o seu dízimo para a paróquia. Esta, por sua vez, deveria repassar o seu dízimo para a diocese, e assim por diante. É claro que do jeito que está nossa economia, ainda não é possível nos organizar assim. Vive-se de festas, rifas, bingos, aluguéis, apólices, exatamente porque o dízimo não é posto fielmente em prática por todos os católicos. Uma boa evangelização sobre o dízimo nos tornaria mais fiéis à comunhão de bens proposta pelo Evangelho.
Por que partilhar o dízimo? Quantas vezes na vida, somos chamados a partilhar com os outros as coisas que temos! Exemplo: Colocar o telefone ou carro à disposição do vizinho, em momento de urgência. Partilhar alegria e tristeza com pessoas de nossa confiança. Participar de campanhas como de agasalho, de alimentos, mutirão e outras. Na Bíblia, nos Atos dos Apóstolos, temos o exemplo de Barnabé. Sua história mostra como a vida em comunidade exigia a ruptura com o espírito de posse. Na comunidade, as pessoas aprendem a confiar de tal modo em Deus e nos irmãos e irmãs, que não precisam mais confiar nas coisas que possuem. O fiel cristão passa a viver de modo novo. Os bens são destinados ao uso de todos. Talvez haja ainda em nossas comunidades quem afirme: Mas eu sou um bom católico, uma cristã atuante, sou agente de pastoral, freqüento os Sacramentos, colaboro nas festas da minha Igreja, participo todas as vezes que o padre convoca a comunidade para um gesto concreto, faço mil coisas na Igreja... Mas tudo isso pode acontecer sem que haja espírito de partilha. Há católicos participantes que fazem tudo isso, e até de uma forma consciente. Mas nunca experimentaram a beleza do dízimo. É isso que está faltando em nossa Igreja, na vida de muitos católicos. Pois o dízimo é uma experiência maravilhosa de vida. É uma forma de experimentar Deus. Um exercício de gratidão e de confiança na Divina Providência.
Qual a bênção que acompanha a oferta do dízimo? A primeira impressão, para as pessoas que não têm conhecimento sobre o dízimo, é estranha, e, às vezes, com crítica: o padre agora só quer falar de dinheiro. Muita gente não sabe que o dízimo vem acompanhado com uma promessa de bênção divina. Em muitas passagens da Bíblia, o próprio Deus pede o dízimo, isto é, a décima parte do que as pessoas têm ou produzem. Deus quer que o seu povo não confie nos bens do mundo, mas somente no seu amor. Deus pede ao seu povo que partilhe com a comunidade aquilo que é fruto da bondade divina.
Dízimo é oferta de gratidão a Deus e de partilha com a comunidade.
  • Dízimo não é taxa, porque a Igreja não é um clube. Dízimo não é imposto, porque a Igreja não é uma sociedade qualquer. Dízimo é oferta de gratidão a Deus e de partilha com a comunidade.
  • Dízimo não é pagamento antecipado por serviços que, depois, se poderia cobrar da Igreja. Como se o dizimista tivesse direito a serviços especiais! Dízimo não se paga, dízimo se oferece.
  • Dízimo não se cobra, dízimo se recebe. Só Deus é o Senhor de todas as coisas. Tudo dele recebemos. Por mais que alguém entregue seu dízimo a Deus e à Igreja, nunca conseguirá passar na frente do amor de Deus por nós.
A opção pelo dízimo é como uma colheita: nós devemos acreditar. Deus é fonte de toda a criação e tudo o que Deus-Pai realiza nas pessoas e no mundo, ele o faz por meio de Jesus Cristo. O dízimo é como uma semente. Nela temos a garantia e segurança de que produzirá frutos. Os irmãos e irmãs de nossa Igreja começarão a falar coisas novas. Olharão as construções feitas em mutirão e dirão com alegria: isto é fruto do nosso esforço e do nosso trabalho comunitário. Aí vamos começar a ver uma nova Igreja ou uma nova maneira de ser Igreja. Com isso, a catequese muda, a mentalidade e a prática egoístas se acabam e surgem os resultados. As celebrações começam a ter mais vida. As crianças, os jovens e os adultos se tornarão diferentes, porque serão transformados pela confiança na Palavra de Deus e pela experiência do amor de Deus.
Pode-se dizer que todo dizimista é evangelizador? Pela organização da Pastoral do Dízimo e pela oferta mensal do dízimo, todos saem ganhando: a comunidade e o dizimista. A comunidade se torna renovada e evangelizadora. Pelo dízimo, os fiéis ajudam a Igreja a cumprir sua missão de evangelizar. Por isso, quem contribui com o dízimo é também evangelizador. Mesmo que não possa ou não saiba anunciar a Palavra de Deus, mesmo que não possa sair de sua casa e de sua terra para ir pelo bairro e pelo mundo a anunciar o Evangelho, o dizimista é um evangelizador. Porque estará sustentando a obra evangelizadora dos agentes de pastoral, dos catequistas, dos ministros, dos animadores de grupos de reflexão. O próprio ato de ofertar o dízimo revela que alguém foi evangelizado e se tornou evangelizador. Com a oferta do dízimo, a Igreja se torna também mais viva e participativa. Terá mais motivos para celebrar sua vida e sua fé. Pelo dízimo, os fiéis ajudam a liturgia da Igreja, colaboram para a manutenção da Igreja, para a celebração da missa e dos outros sacramentos, para a compra das coisas necessárias para uma celebração bonita e festiva (paramentos, objetos sagrados, livros, folhetos, flores, velas, etc.). Mesmo que não possa participar da equipe de liturgia e de celebração, o dizimista é um celebrante. Sua oferta é sua celebração. Seu dízimo acompanha o sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai na cruz e que a Igreja comemora em cada missa.
Pode-se dizer que todo dizimista é catequista? Com a oferta do dízimo, a comunidade se torna toda ela catequizadora. É com a oferta do dízimo de seus fiéis que a paróquia consegue comprar todos os materiais necessários para a catequese das crianças, adolescentes e jovens. Pelo dízimo de seus fiéis, a paróquia consegue investir na formação permanente de seus catequistas e na formação de novos catequistas. Por isso, quem contribui com o dízimo é catequista. Mesmo que não saiba dar catequese, nem possa tirar um pouco de seu tempo para esse trabalho tão central na vida da Igreja, o dizimista é um catequista. Pois é por meio de sua oferta que a Igreja mantém essa frente tão significativa da evangelização.
Dízimo é oferta de gratidão a Deus e de partilha com a comunidade.
Com a oferta do dízimo de seus fiéis, a comunidade se torna solidária e samaritana. A Igreja tem a missão de socorrer a necessidade das pessoas pobres. Ela tem a missão de anunciar um Reino de justiça e paz. Por isso, atua em muitas frentes de organização social. São muitas as Pastorais Sociais que ela mantém. De mil maneiras, uma paróquia se debruça sobre as carências do povo. O dizimista, mesmo que não tenha tempo e disposição e carisma e coragem, para esse tipo de atividade, mesmo assim, ele é, no fundo, um profeta, um samaritano, um transformador da realidade. Porque é através de sua oferta que a Igreja realiza esse tipo de atividades. Como vimos, todo dizimista, pelo simples fato de sua oferta mensal, já é um evangelizador, um liturgista, um catequista e um agente da pastoral social da Igreja. É claro, porém, que não basta oferecer o dízimo. Quando se abre o bolso para repartir o dinheiro, é porque o coração já foi aberto para repartir o tempo, as qualidades e os talentos, a fim de se engajar na vida da Igreja e na obra da evangelização.

Então, que assim seja!

Se você leu com atenção e mesmo assim ainda tem alguma dúvida, deixe a sua pergunta no nosso blog e nós responderemos com prazer, ou entre em contato com a Pastoral do Dízimo da nosa comunidade nos plantões antes e depois das missas.






01. O que é dízimo?
O dízimo é prova de gratidão para com Deus, de Quem tudo recebemos. Devolução a Deus, por meio da Igreja, de um pouco do muito que Ele nos dá. Contribuição para com a comunidade, da qual fazemos parte pelo Batismo. Partilha que nasce do amor aos irmãos e irmãs, especialmente em relação aos empobrecidos.
02. O dízimo não é apenas “um jeito” de arrecadar dinheiro para a Igreja?
Não. O dízimo é, para nós cristãos, expressão da fé que temos em Deus e do nosso amor à Igreja.
03. Foi a Igreja que inventou o dízimo?
Não. O dízimo nasceu espontaneamente do coração humano, muito antes da Igreja ser instituída por Jesus. Já nos tempos do Antigo Testamento, o dízimo era uma das formas pela qual o povo honrava a Deus e sustentava a comunidade.
04. Onde posso ler na Bíblia sobre o dízimo?
Leia as citações onde a Palavra de Deus nos orienta sobre o dízimo: Gn 14, 17-20 (Abraão dá o dízimo a  Melquisedec); Gn 28,20-22 (Jacó promete o dízimo a Deus); Ex 22,28-29 (deve-se oferecer a Deus o melhor); Lv 27,30-33(o dízimo comunidade); Dt 12,6.11.17 (normas a respeito de dízimo); Dt 14,22-29 (o dízimo como devolução a Deus); Dt 26,12-15 (o dízimo para os mais pobres); 1Sm 8,14-18 (odízimo a serviço do rei); 2Cr31,2-10 (o dízimo e o clero); Ne 10,33-40 (o dízimo e o templo); Ne 13,10-12 (o dízimo e os ministros do templo); Tb 1,6-8(o testemunho de um dizimista fiel); Ml 3,5-12(o dízimo é uma fonte de bênçãos); Mt 23,23(não basta dar o dízimo, antes é necessário ser justo e misericordioso) e, 1Cor 9,13-14 (quem vive integralmente para Evangelho deve viver do  Evangelho).
05. Quem pode e deve contribuir com o dízimo?
Pode e deve contribuir com o dízimo quem participa da vida da comunidade, ou seja, quem se esforça por ser verdadeiro cristão, “de fato” e não apenas “de nome”.
06. Não basta, portanto, apenas contribuir com o dízimo?
Não, não basta. O dízimo é uma das expressões da fé, mas não a única. A participação nas celebrações, nos sacramentos, nos ministérios, no serviço prestado aos empobrecidos são, juntamente com o dízimo, expressões de uma fé adulta e consciente.
07. Quanto se deve dar de dízimo?
O dízimo dos católicos baseia-se no amor e na gratidão a Deus e deve ser dado com alegria, como escreve São Paulo: “Cada um dê de acordo com o seu coração” (2Cor9,7).
Jesus jamais pressionou a alguém a pagar os dízimos, mas deu-nos o seu exemplo de fidelidade ao Templo. Ele, antes, sempre usou de misericórdia para com as pessoas e nos ensina: “sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso” (Lc6,36).
Por isso, respeitar as pessoas, seja qual for a sua condição de vida e deixar a liberdade de decidir sobre a porcentagem do dízimo que vai entregar à comunidade, é seguir corretamente a Palavra de Deus.
08. Quando se deve contribuir com o dízimo?
O ideal é que o dízimo seja oferecido mensalmente. Assim, é possível à comunidade organizar-se prevendo as entradas de cada mês. Nada impede, porém que, em algumas comunidades, de um modo especial naquelas da área rural, o dízimo seja entregue a cada seis meses, ou anualmente.
09. Tem importância o quanto se dá de dízimo?
Sim, já que cada cristão deve dar o correspondente à sua generosidade. Alguns (ou muitos?) oferecem a Deus apenas migalhas, sem lembrar que dízimo é devolução e partilha, e não esmola. O justo é que cada um dê de acordo com as suas possibilidades, sem sacrificar a família e, ao mesmo tempo, sem oferecer apenas o que lhe sobra. Por isso, o Novo Testamento não fala de um valor fixo de dízimo para todos, mas apela à generosidade dos que têm fé. Quem possui mais bens neste mundo tem mais, tem obrigação, diante de Deus, de devolver mais, quem possui ou recebeu menos, devolve menos. É uma questão de consciência.
10. Alguém, na comunidade, está dispensado de contribuir com o dízimo?
Não, ninguém está dispensado de contribuir com o dízimo, nem mesmo o padre. Todos, sem exceção, devem contribuir para, juntos, formar a comunidade, sendo responsáveis por ela. Infelizmente algumas pessoas podem se achar no direito de não dar o seu dízimo porque já trabalham nas pastorais e movimentos. O ora, eles deveriam ser os primeiros a contribuir, tanto por convicção como para a
edificação dos demais.
11. Os pobres também devem oferecer o dízimo?
Sim! Os pobres devem oferecer o dízimo, porque também eles têm muito a agradecer a Deus. Por menor que seja, o dízimo que oferecem tem muito valor, e deve ser recebido com carinho e gratidão pela comunidade. Como o óbulo da viúva do Evangelho.
12.  Para onde vai o dinheiro do dízimo?
O dízimo, todo ele, é investido na Igreja. Uma pequena porcentagem (10%) é entregue à Cúria Diocesana, que está a serviço das comunidades. O restante é dividido entre a  comunidade  doadora e a sede paroquial. Vejamos alguns exemplos onde o dízimo é aplicado: na manutenção da Igreja, do salão comunitário, das salas de catequese, da casa paroquial; no custeio de  funcionários; na formação dos agentes de pastoral (catequistas, ministros, coordenadores, secretários/as, líderes); na assistência e promoção dos pobres etc.
13. Como o dízimo possibilita o serviço aos pobres?
O dízimo possibilita o serviço aos pobres através da sua assistência e promoção por parte da paróquia. Uma parte do dízimo, a ser estipulada pela paróquia, deve ser destinada à caridade, ficando a comunidade responsável pelos critérios de aplicação. O essencial é lembrar que, no pobre que suplica, está presente o próprio Jesus.
14. O dízimo deve facilitar a formação e capacitação dos agentes de pastoral?
Sem dúvida! O dízimo não é apenas para manter ou construir salas, mas também para formar aqueles que evangelizam através das diversas pastorais na comunidade. Eles, os agentes, devem ser formados na paróquia e fora dela (nos encontros diocesanos). Investir em agentes é uma das prioridades da aplicação do dízimo.
15. E a Liturgia, como se beneficia do dízimo?
É ele que a possibilita, em grande parte. É com o dízimo que devem ser adquiridos o material litúrgico para o altar e os ornamentos para a Igreja. Quem contribui com o dízimo ajuda à sua comunidade a rezar unida.
16. Quem deve prestar contas à comunidade do dízimo oferecido e utilizado por
seus membros?
A Equipe do Dízimo da comunidade deve prestar contas do dízimo recebido e de como ele foi aplicado. À frente dessa equipe, deve estar o pároco, ou outro padre da paróquia, designado por ele. Os fiéis tem não só o direito, mas também o dever, de acompanhar tudo o que diga respeito à vida cotidiana da comunidade, inclusive o dízimo.
17. Então, o padre não acaba ficando com todo o dinheiro do dízimo?
Não! O padre recebe o seu ‘salário’. Esse ‘salário’, que se chama ‘côngrua’ porque o sacerdote não é empregado da paróquia, mas seu pastor próprio, é retirado do dízimo. É justo que o seja, uma vez que o padre está a serviço da comunidade em tempo integral (1Cor 9,13-14). Contudo, o dízimo não é para o padre e sim para a comunidade da qual o padre faz parte, como fiel de Cristo. Por isso, é importante acompanhar a prestação de contas que a Equipe do Dízimo faz periodicamente.
18. Então a Paróquia tem obrigação de prestar contas do dízimo?
Não só do dízimo, mas de todas as entradas e saídas. Por isso, o Código de Direito Canônico, que é a lei maior da Igreja Católica, obriga a todas as paróquias e às dioceses a que tenham o seu Conselho Econômico. A ele, cabe a administração dos bens e recursos, assim como a prestação de contas e os orçamentos. Em alguns casos, a decisão do conselho é indispensável para a validade dos atos administrativos.
19. Quem deve participar desse conselho?
Seus membros devem ser católicos praticantes, competentes e honestos na administração dos bens e devem participar do Conselho Paroquial ou Diocesano de Pastoral. Devem escolhidos entre o seus membros ou integrados a eles. Também o Conselho de Pastoral é obrigatório em todas as paróquias pelo Direito Diocesano, embora este tenha apenas voto consultivo.
20. Com a implantação do dízimo, as ofertas  deixam de ser dadas?
Não. As ofertas dadas na Missa, durante a procissão das oferendas, devem continuar. Expressam a comunhão pessoal do cristão com o que se oferece em união com o Divino Sacrifício.  Os cristãos, além de contribuir com o dízimo, têm o direito de fazer ofertas por ocasião da Missa, do culto ou da recepção de sacramentos ou sacramentais. O importante é saber que as ofertas são opcionais, enquanto que o Dízimo é obrigação ensinada pela Palavra de Deus.
20. Por que o dízimo é uma fonte de bênçãos?
O dízimo é uma fonte de bênçãos porque tudo o que é feito com amor e por amor agrada a Deus. Deus não se “vende” nem pelo dízimo que oferecemos a Ele nem por qualquer outra oferta. Ele sempre se dá por inteiro; nós é que não O acolhemos de forma sempre generosa e plena.
O dízimo é, antes de tudo, um caminho de conversão. Ao partilhar, eu me transformo interiormente, superando o egoísmo. Quem vence o egoísmo acolhe com mais facilidade a Deus e às suas bênçãos. Abre-se melhor à generosidade de Deus que é generoso para com a sua comunidade.
É fácil “lavar as mãos” ou “cruzar os braços” e deixar que os outros façam o que compete a eles e também o que compete a nós. São muitos os cristãos acomodados que vivem deitados em “berço esplêndido” vendo e, quase sempre, criticando o trabalho que os outros realizam. Não se deixe vencer pelo egoísmo nem pela preguiça! Faça sua parte, participando espiritual e financeiramente da vida da sua comunidade: ela é a sua segunda família.
Deixe de lado os argumentos falsos que lhe têm afastado do dízimo. Procure, hoje mesmo, a Equipe do Dízimo de sua comunidade ou a secretaria paroquial e inscreva-se para fazer parte dos que verdadeiramente se comprometem com a missão de evangelizar.
Deus está batendo à sua porta e esperando o seu ‘sim’. Deus está lhe dando mais uma oportunidade! Diga ‘sim’ e seja mais uma testemunha viva do AMOR DE DEUS!

O que Jesus fala sobre Dízimo? (Mt 23,23-26) 

        Quem diria... Jesus, no Evangelho de hoje, fala sobre dízimo! Aí está, para quem não paga o dízimo dizendo que Jesus nunca falou que nós deveríamos pagar, leia este versículo: "Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vós deveríeis praticar isto [os ensinamentos], sem contudo deixar aquilo [o DÍZIMO]."
        Vejam só: os fariseus pagavam o dízimo e achavam que isso já era suficiente. Isso me faz lembrar daquelas pessoas que se colocam no serviço, mas que fazem apenas o mínimo necessário... Não se envolvem com a causa... Não se esforçam para dar o seu melhor, e às vezes ainda atrapalham os outros que querem dar o seu melhor, com recriminações e palavras de desânimo...
        A dura repreensão de Jesus para com os fariseus e mestres da lei era porque eles cumpriam com a parte burocrática da lei, mas não cumpriam com a parte humana. E sendo eles as pessoas que regulavam a parte religiosa das cidades, na época de Jesus, acabavam cometendo muitas injustiças, principalmente com os menos favorecidos...
        Que os nossos líderes leiam e reflitam sobre essa passagem de hoje: será que eu estou fazendo o melhor que eu posso, ou estou apenas cumprindo uma obrigação? Meu irmão, minha irmã, o trabalho mais gratificante que um ser humano pode fazer é aquele que é VOLUNTÁRIO, ou seja, sem esperar nada em troca. Não pague o dízimo por obrigação, pague porque você quer participar da construção da igreja! Não vá a missa por obrigação, vá porque quer se fortalecer. Não tente amar por obrigação... Apenas se permita agir voluntariamente... Dê o MELHOR de si em todos os momentos, inclusive quando não for receber nada por isso... É quando nos doamos gratuitamente, sem expectativas de receber algo em troca, que recebemos as melhores recompensas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário