quinta-feira, 5 de abril de 2012

Liturgia Diária DIA 5 DE ABRIL - QUINTA-FEIRA


CEIA DO SENHOR
(BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO DA EUCARISTIA – OFÍCIO PRÓPRIO)

Antífona da entrada: A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou (Gl 6,14).
Oração do dia
Ó Pai, estamos reunidos para a santa ceia, na qual o vosso Filho único, ao entregar-se à morte, deu à sua Igreja um novo e eterno sacrifício, como banquete do seu amor. Concedei-nos, por mistério tão excelso, chegar à plenitude da caridade e da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Êxodo 12,1-8.11-14)
Leitura do livro do Êxodo.
12 1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
2 “Este mês será para vós o princípio dos meses: tê-lo-eis como o primeiro mês do ano.
3 Dizei a toda a assembléia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa.
4 Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode comer.
5 O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um cordeiro como um cabrito.
6 E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; então toda a assembléia de Israel o imolará no crepúsculo.
7 Tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerem.
8 Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas.
11 Eis a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés e vosso cajado na mão. Comê-lo-eis apressadamente: é a Páscoa do Senhor.
12 “Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.
13 O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito.
14 Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua".
Palavra do Senhor. 

Reflexão Pessoal – “a “passagem do Senhor””
Toda a assembleia deveria celebrar a Páscoa isto é, a passagem do Senhor imolando um cordeiro sem defeito para cada família. As famílias deveriam comer a sua carne, assada, com pães ázimos e ervas amargas. Uma parte do sangue deveria marcar as casas aonde seria celebrada a Páscoa, isto é, a “passagem do Senhor” a fim de que o anjo exterminador não os atingisse com a praga. Por isso, eles deveriam estar preparados e de prontidão, com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Este quadro prefigura a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo e a vida nova que Ele veio nos oferecer, pelo Batismo. Hoje, como naquele tempo somos convidados a também nos reunirmos em Comunidade juntos com toda a Igreja a fim de revivermos com Jesus todos os momentos daquela noite memorável em que o Cordeiro de Deus se entregou pela humanidade. O cordeiro sem defeito preanuncia Jesus Cristo que foi imolado para nos marcar com o seu sangue e nos livrar da morte. No nosso Batismo, fomos assinalados com o sangue de Jesus e a Ele pertencemos. A Páscoa é a passagem do Senhor na nossa vida quando Ele nos tira da escravidão do pecado para a libertação. O Senhor vem salvar àqueles que foram marcados com o sinal do Sangue do Cordeiro e esperam confiantemente o dia feliz da ressurreição e nós fazemos parte deste povo. Por isso, precisamos também estar preparados, com os pés calçados, com o cinto atado e cajado na mão, prontos para a viagem, vigilantes e com determinação.     - A Páscoa para os antigos significava a saída do povo de Deus do Egito para uma terra prometida, e o que significa a Páscoa para você?- Qual o sentimento que você experimenta ao viver mais uma Páscoa na sua vida?
Salmo responsorial 115/116B
O cálice por nós abençoado
é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.

É sentida por demais pelo Senhor
a morte de seus santos, seus amigos.
Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,
mas me quebrastes os grilhões da escravidão!

Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido. 
Salmo 115 – “O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor!”

Como poderemos retribuir ao Senhor por tudo o que Ele nos deu? Nunca poderemos retribuir tudo o que nós recebemos de Deus, a não ser acolher o dom da nossa vida e da Salvação que Jesus veio nos presentear. “O Senhor nos deu vida e salvação!” É isto que nossos lábios precisam proclamar e assim estaremos sendo fiéis Àquele que nos criou e que por amor nos salvou.
Leitura (1 Coríntios 11,23-26)
Leitura da carta de são Paulo aos Coríntios.
11 23 Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão
24 e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim.
25 Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: "Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim.
26 Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha".
Palavra do Senhor. 

2ª. Leitura 1 Coríntios 11, 23-26 -  “a nova aliança no   sangue de Jesus

São Paulo recorda as Palavras de Jesus na última ceia quando tomando o pão e o cálice com o vinho ofereceu-o ao Pai como prova do que iria se consumar na Cruz. “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Este cálice é a nova aliança em meu sangue.” “Fazei isto em minha memória”!   A Eucaristia, portanto, é a memória do sacrifício de Jesus. Fazer memória é fazer acontecer e realizar novamente, assim sendo, em todas as vezes que o sacerdote pronuncia estas palavras na Santa Missa, o sacrifício de Jesus que se entregou por nós, se realiza mais uma vez.  A cada Missa Jesus se faz para nós, comida e bebida e a Sua aliança de Amor Eterno com cada um de nós é sempre renovada. Precisamos, também, estar sempre preparados, com os pés calçados e os rins cingidos, cajado na mão, libertos do pecado, do remorso, livres para acolher a nova terra, a vida nova que o Senhor nos prometeu. O Banquete é espiritual, o Corpo de Jesus é verdadeiramente uma comida e o Seu Sangue, verdadeiramente uma bebida, que alimenta a nossa alma e nos torna participantes do Grande Mistério da Sua Paixão, Morte e Ressurreição.   Quando você participa da Eucaristia tem consciência de  que está participando do Banquete do Senhor? – O que significa a Eucaristia na sua vida? Ela faz parte de você ou só eventualmente, aos domingos?
Evangelho (João 13,1-15)
Glória a vós, ó Cristo, verbo de Deus.
Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.
2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -,
3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela.
5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.
6 Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: “Senhor, queres lavar-me os pés!”
7 Respondeu-lhe Jesus: "O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve".
8 Disse-lhe Pedro: "Jamais me lavarás os pés!" Respondeu-lhe Jesus: "Se eu não tos lavar, não terás parte comigo".
9 Exclamou então Simão Pedro: "Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça".
10 Disse-lhe Jesus: "Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!"
11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: "Nem todos estais puros".
12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: "Sabeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.
15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós".
Palavra da Salvação. 
Evangelho – João 13,1-15 –“ o gesto de Jesus”

Jesus  aproveitou os últimos momentos antes de ser levado para o Calvário para nos ensinar a vivenciarmos o verdadeiro amor, quando tirou o manto da realeza, da autoridade e da dignidade de ser Filho de Deus e abaixou-se para servir aos seus amigos. Ao pegar uma toalha e aplicar-se a lavar e enxugar os pés dos seus discípulos Ele nos mostrou que lavar os pés significa servir, estar à disposição, solidarizar-se fraternalmente com o nosso próximo. Assim, foi que Ele nos deu a seguinte explicação: “compreendeis o que acabo de fazer?… Se eu, o Senhor e mestre vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros”. Mesmo que não compreendamos bem o gesto de Jesus por causa da nossa limitação humana, precisamos obedecê-lo, pois sabemos que o  discípulo imita o Mestre e que só Ele tem, para nós, palavras de vida eterna. Por outro lado, aprendemos também que precisamos  permitir que nos lavem os pés e não fazer como Pedro que refutou o gesto de Jesus. Do contrário Jesus também nos dirá: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo.” Os pés significam o nosso caminhar, nossas ações, nossas escolhas, nossas preferências.  Portanto, quando acolhemos com humildade o auxílio de alguém que, em Nome de Jesus, se oferece para nos ajudar, estamos nos deixando lavar por Ele. Quando não admitimos o auxílio de alguém é porque entendemos que somos muito perfeitos e, por isso, não carecemos da ajuda de ninguém. Somente depois de lavar os pés dos Seus discípulos foi que Jesus vestiu novamente o manto e sentou-se. Para nós, isto significa o despojamento de toda e qualquer superioridade na hora do serviço e demonstra que nunca podemos nos omitir nem descansar diante das ocasiões que surgem para também “lavar os pés” das pessoas que aparecem no nosso caminho. Assim fazendo temos consciência de que cumprimos com o mandado de Jesus e, depois poderemos também sentar com Ele. Só quando nós lavarmos os pés uns dos outros é que  iremos entender a profundidade do gesto de Jesus. – O que você acha deste gesto de Jesus? – Você tem deixado que alguém lave os seus pés? – O que significa para você lavar os pés do irmão? -  O que para você é melhor: “lavar os pés” de alguém ou deixar que alguém “lave os seus? ”.

Sobre as oferendas
Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar dignamente da eucaristia, pois, todas as vezes que celebramos este sacrifício em memória do vosso Filho, torna-se presente a nossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio próprio
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Ele, verdadeiro e eterno sacerdote, oferecendo-se a vós pela nossa salvação, instituiu o sacrifício da nova aliança e mandou que o celebrássemos em sua memória. Sua carne, imolada por nós, é o alimento que nos fortalece. Seu sangue, por nós derramado, é a bebida que nos purifica. Por essa razão, os anjos do céu, as mulheres e homens da terra, unidos a todas as criaturas, proclamamos jubilosos, vossa glória, cantando, (dizendo) a uma só voz...
Antífona da comunhão: Este é o corpo que será entregue por vós, este é o cálice da nova aliança no meu sangue, diz o Senhor. Todas as vezes que os receberdes, fazei-o em minha memória (1Cor 11,24s).
Depois da comunhão
Ó Deus todo-poderoso, que hoje nos renovastes pela ceia do vosso Filho, dai-nos se eternamente saciados na ceia do seu reino. Por Cristo, nosso Senhor. (Terminada esta oração, o Presidente incensa o Santíssimo e forma-se a procissão para levá-lo ao local da reposição. Enquanto isso, pode-se cantar. Em seguida, inicia-se um momento de adoração)


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